Goiânia tem enfrentado um surto alarmante de dengue, com mais de 4 mil casos registrados apenas em janeiro. Dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) apontam que, em 2025, já registrou 5.689 casos de dengue na capital, enquanto outros 12.777 estão em análise.
A situação foi acentuada pela detecção do sorotipo 3 em cidades próximas, como Anápolis, Goiatuba e Rio Verde. Atualmente, outros 15 municípios goianos estão em situação de emergência devido ao número expressivo da doença.
Goiás em alerta
Iporá tem liderado a lista de casos de dengue, com 778 casos, enquanto Itapuranga está em segunda lugar com 216 casos. A cidade com menos incidência de casos de dengue é Davinópolis, que até o momento registrou 21 casos.
Confira os municípios em situação de emergência:
- Iporá (778 casos);
- Itapuranga (216 casos);
- Itapaci (209 casos);
- Faina (187 casos);
- Diorama (126 casos);
- Caçu (102 casos);
- Mozarlândia (94 casos);
- Guarinos (80 casos);
- Americano do Brasil (63 casos);
- Cromínia (46 casos);
- Mundo Novo (45 casos);
- Brazabrantes (42 casos);
- Santo Antônio de Goiás (37 casos);
- Mossâmedes (29 casos);
No momento, o sorotipo 2 tem sido o mais prevalente neste ano, assim como no ano passado. No entanto, o alerta segue ligado para o sorotipo 3, que tem circulado em estados que fazem fronteira com Goiás.
Atualmente, o DENV-3, nome científico do sorotipo 3, é considerado o mais violento do vírus da dengue, ou seja, com maior potencial para causar formas graves da doença. “Estudos indicam que, após a segunda infecção por qualquer sorotipo, há uma predisposição para quadros mais graves, independentemente da sequência dos sorotipos envolvidos. No entanto, os sorotipos 2 e 3 são frequentemente associados a manifestações mais severas.”, informou o Ministério da Saúde.
Vale ressaltar que o vírus estava desaparecido há 15 anos e ressurgiu e, 2023, acendendo um alerta quanto ao risco de uma possível nova epidemia nós próximos anos.
Como forma de prevenção, a Secretaria de Saúde do Estado de Goiás está enfatizando a vacinação, especialmente em crianças de 10 a 14 anos, e reforçando as ações contra o mosquito Aedes aegypti, o vetor da doença. Ademais, é aconselhado que a população busque atendimento médico ao apresentar sintomas como febre alta, dores musculares e manchas na pele, evitando a automedicação.
Além disso, Secretaria de Saúde informou também está desenvolvendo treinamentos para servidores e apoio às prefeituras, visando uma resposta adequada a esse surto, com planejamentos de medidas como a borrifação em áreas com alta aglomeração prevista para 2025.