Uma pessoa morreu e seis ficaram feridas após o desabamento de parte do teto da Igreja de São Francisco de Assis, conhecida como “igreja de ouro”, no Centro Histórico de Salvador. O incidente ocorreu no início da tarde desta quarta-feira (5), deixando o local irreconhecível em relação ao que era anteriormente. Entre as vítimas, estava uma mulher de 23 anos, turista de São Paulo, cujo nome não foi divulgado até o momento.
O espaço onde os fiéis costumavam assistir às missas ficou coberto por destroços, exigindo a intervenção das equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o resgate dos feridos. A área foi isolada pela polícia militar para garantir a segurança no local do incidente. A igreja, considerada uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no mundo, já enfrentava problemas estruturais há anos.
Os problemas estruturais na igreja foram identificados em 2023, quando o local apresentava pinturas e teto desgastados, pilastras sem reboco e piso desnivelado em vários pontos. Um dos pátios da igreja chegou a ser parcialmente fechado no mesmo ano devido ao risco de queda do pináculo direito. Mesmo com a restauração dos painéis lusitanos em todo o prédio em maio de 2023, outras partes do templo continuaram precisando de manutenção.
A restauração da Igreja e Convento de São Francisco exigia a aprovação do projeto da obra pela comissão técnica do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). É importante respeitar as características que originaram o tombamento do patrimônio para garantir a preservação de elementos tradicionais do barroco presentes na igreja. Mesmo diante dos desafios, a visita ao templo continua sendo uma das atrações mais procuradas por turistas que exploram o Centro Histórico de Salvador.
A riqueza da arquitetura e a presença de azulejos portugueses na Igreja e Convento de São Francisco de Assis em Salvador tornam o local ainda mais especial. Apesar dos acontecimentos recentes, a história e a importância cultural desse patrimônio permanecem intactas. Em tempos de restauração e reconstrução, é fundamental preservar não apenas a estrutura física, mas também a memória e o significado por trás de cada detalhe presente nesse símbolo arquitetônico da cidade de Salvador, capital da Bahia.
