A balança comercial do Brasil com os Estados Unidos mostra um cenário desfavorável para a economia brasileira. Desde 2009, o país vem importando mais do que exportando na relação com os EUA, resultando em um déficit comercial de US$ 48,2 bilhões, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Apesar de a relação entre Brasil e Estados Unidos ser marcada pela predominância da economia norte-americana ao longo dos anos, os números oficiais revelam que o Brasil tem registrado déficits comerciais consecutivos com os EUA desde 2009. Nos últimos 16 anos, as vendas americanas ao Brasil superaram suas importações em US$ 88,61 bilhões.
No ano passado, houve um equilíbrio na relação comercial com os EUA, com exportações no valor de US$ 40,33 bilhões e importações de US$ 40,58 bilhões, resultando em um déficit de US$ 253 milhões para o Brasil. Apesar do déficit, a quantidade de produtos importados do Brasil pelos EUA representa apenas 1,3% do total de importações do país, mostrando uma pequena participação proporcional.
Com a guerra comercial travada por Trump, o relacionamento entre Brasil e Estados Unidos está sob ameaça. O presidente americano tem imposto tarifas e ameaçado diversos países, visando vantagens comerciais e questões de segurança. Os investimentos das empresas americanas no Brasil também estão em destaque, sendo os EUA lideres em investimentos diretos no país, conforme relatório do Banco Central.
A relação econômica entre Estados Unidos e Brasil é benefica para ambas as economias, caracterizando-se pelo alto valor agregado das trocas, complementaridade e diversificação no comércio bilateral. Os EUA são o principal mercado de exportação de bens industriais e de serviços para o Brasil, bem como o principal investidor estrangeiro no país, com um estoque de mais de US$ 350 bilhões e quase quatro mil empresas americanas operando no Brasil.
Apesar das ameaças de Trump e da guerra comercial em andamento, a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos ainda é sólida, com uma interdependência e complementariedade evidente em diferentes setores, como o aeronáutico. A diplomacia brasileira segue trabalhando para encontrar convergências na relação com o novo presidente dos EUA, mantendo o diálogo e buscando soluções para os desafios enfrentados pelas duas nações.