Saiba quais crimes são investigados em operação da PF em esquema de desvios durante gestão de Marconi Perill

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A Polícia Federal (PF) realizou uma operação para investigar um esquema de corrupção na Secretaria de Saúde de Goiás, ocorrido durante as gestões de Marconi Perillo, entre 2012 e 2018. A Operação Panaceia busca ampliar as provas sobre o funcionamento desse esquema, que envolve preços abusivos em repasses para organizações sociais responsáveis pela gestão de obras em unidades de saúde.

Marconi Perillo, atual presidente nacional do PSDB, é um dos principais alvos da investigação. Operações bancárias suspeitas apontam para seu ex-secretário, Antônio Faleiros Filho, como um dos beneficiários diretos. A PF cumpriu dez mandatos de busca e apreensão em Goiânia e um em Brasília.

Segundo a PF, os suspeitos estão sendo investigados pelos crimes de desvio de recursos (peculato), corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ao todo, os crimes somam até 40 anos de prisão.

Organização social envolvida

A investigação foi iniciada em 2019, depois que a Polícia Federal recebeu denúncias anônimas. Segundo a CGU, a organização social envolvida é o Instituto Gerir, que administrava o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e o Hospital de Urgência de Trindade (Hutrin), responsável por subcontratar empresas ligadas a políticos e administradores para realizar serviços que deveria prestar. A entidade recebeu mais de R$ 900 milhões em recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em nota, a OS declarou que a operação policial violou “o princípio constitucional da duração razoável do processo” e repudiou a operação policial.

Declarações de Marconi Perillo

Marconi Perillo declarou ser inocente e vítima de uma “armação”, alegando que nunca cometeu os atos narrados e que a operação é uma tentativa de constrangê-lo politicamente. “Não tem um único centavo em minhas contas e de minha família que não seja oriundo do meu trabalho e declarado no Imposto de Renda”, escreveu Perillo.

O governo estadual destacou que os fatos investigados não têm relação com a atual gestão.

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