Uma mina de exploração ilegal de cobre, na qual três garimpeiros foram resgatados em janeiro, faz parte do garimpo ilegal alvo de uma operação realizada em Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará. A operação contou com a participação de agentes da Polícia Federal, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Força Nacional. Os poços de extração de cobre encontrados no local da operação foram responsáveis por um prejuízo superior a R$ 362 milhões nos últimos cinco anos de funcionamento do garimpo, além de causar R$ 6,2 milhões em danos ambientais.
Durante a operação, a Polícia Federal identificou poços de cobre com 50 metros de profundidade e 100 metros de comprimento, apontando que esses poços representam um risco à vida dos garimpeiros e em alguns casos configuram locais de trabalho análogo à escravidão. Além disso, os agentes inutilizaram ou apreenderam 10 motores, 15 acampamentos, duas canoas, duas armas e duas pás carregadeiras, visando combater as atividades criminosas no local.
A Justiça autorizou a destruição de máquinas e alojamentos utilizados na atividade criminosa, que ocorre dentro da Floresta Nacional de Itacaiúnas, uma das reservas mais importantes da região. Dois mandados de prisão foram expedidos, um contra um chinês e outro contra um brasileiro, apontados como os principais financiadores do garimpo. Além disso, foi determinada a penhora solidária dos bens dos investigados no valor de R$ 6 milhões para reparar os danos ambientais e econômicos causados pela exploração ilegal.
Os três garimpeiros resgatados da mina ilegal localizada na vila Nova Jerusalém em Canaã dos Carajás foram encontrados presos no local do acidente. Equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros foram mobilizadas para o resgate, sendo possível fornecer alimentos e água aos trabalhadores através de um pequeno vão que ainda dava acesso ao túnel. O local do acidente tem aproximadamente 50 metros de profundidade e segundo o ICMBio, não possuía autorização para funcionar e já havia sido alvo de fiscalizações ambientais.
Em resumo, a ação coordenada entre diversos órgãos de segurança e fiscalização resultou na desarticulação de um garimpo ilegal de cobre que causava danos significativos à natureza e à vida dos trabalhadores envolvidos. A destruição de equipamentos, prisões e penhora de bens são medidas necessárias para coibir esse tipo de atividade criminosa, garantindo a proteção ambiental e o respeito aos direitos humanos. A fiscalização contínua é fundamental para combater esses crimes e preservar a integridade dos recursos naturais na região.