Arma usada por empresário que matou vizinho é de militar do Exército
Francisco Evaldo Moura, 56 anos, matou o vizinho Adriano de Jesus Gomes, 48, a
tiros, nessa quinta (7/2). Autor se entregou nesta 6ª
Ao se entregar à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na manhã desta
sexta-feira (7/2), o comerciante Francisco Evaldo de Moura Silva (foto em destaque), 56 anos, disse
que a arma usada para matar o vizinho Adriano de Jesus Gomes, 48, era do filho
dele, que é seria cabo do Exército Brasileiro.
Na chegada à delegacia, o advogado entregou a pistola usada no crime para um
policial. A arma estava com uma munição na agulha, retirada no momento da
apreensão.
Na companhia do advogado Eduardo Vinicius Lopes de Castro, Francisco se
apresentou na 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte), por volta das 10h.
Ao DE, com crucifixo nas mãos, o homem disse que se arrepende
“amargamente” do crime.
Segundo o advogado, Francisco se apresentou por vontade própria e não teve a
intenção de fugir. Agora, o defensor do acusado entrará com pedido para que a
prisão preventiva seja revogada.
O que aconteceu:
Na manhã de quinta (6/2), Francisco Evaldo de Moura discutiu com o motorista
Adriano de Jesus Gomes e o filho da vítima, Gabriel Ferreira, 20.
Francisco teria ido à casa de Adriano e iniciado discussão após ver o carro
de Gabriel estacionado em área pública. Moradores da quadra relataram que
Francisco acreditava ser dono desse espaço.
Câmeras registraram o momento da discussão entre os três envolvidos, bem como
o tiroteio. Francisco sacou uma arma da cintura e disparou ao menos quatro
vezes contra Adriano e Gabriel.
Adriano, conhecido como Tio Adriano por causa do trabalho como motorista de
ônibus escolar, foi atingido no pescoço e no tórax. Ele não resistiu. Gabriel
não foi ferido.
Após matar o vizinho, Francisco fugiu em um Chevrolet Ônix prata. Ele se
entregou à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã desta
sexta-feira (7/2).
Ainda à reportagem, Francisco confirmou que havia provocações entre ele e a
vítima desde quando se mudou para a quadra, há cerca de 15 anos. Pouco antes do
crime, o comerciante e o motorista discutiram por causa do local onde Adriano
estacionava o ônibus escolar na vizinhança.
Questionado sobre o que motivou os disparos, Francisco disse que, na ocasião,
foi ameaçado pelo filho da vítima e se sentiu acuado pelos dois. Após os
disparos, o autor do crime voltou para a casa e saiu de carro. “Ele se evadiu do
local pela própria segurança”, alegou o advogado Eduardo Vinicius Lopes de
Castro.
Durante a briga com a vítima, Francisco sacou uma arma da cintura e disparou ao
menos quatro vezes contra Adriano e Gabriel – que não se feriu. Depois, deixou o
local em um Chevrolet Ônix prata.
Quando o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) chegou ao local, encontrou Adriano
morto, com perfurações na região do pescoço e do tórax. Ele deixa a esposa,
Elaine, e dois filhos.
DISCUSSÃO POR ESTACIONAMENTO
O espaço em volta de uma praça pública em Samambaia teria motivado o assassinato
do motorista de transporte escolar Adriano de Jesus Gomes. Testemunhas do
assassinato relataram que a confusão entre a vítima e o atirador, o empresário
Francisco Evaldo de Moura, começou nas primeiras horas do dia. Câmeras de
segurança registraram o momento da discussão entre os três envolvidos, bem como
o tiroteio.