Ex-policial penal acusado de matar tesoureiro do PT será julgado em Curitiba: relembre o crime em Foz do Iguaçu

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Ex-policial penal que matou tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu deve ser julgado na terça-feira (11); relembre o crime.

Ex-policial penal Jorge Guaranho é réu por matar Marcelo Arruda em 2022. Após três adiamentos e um pedido de desaforamento, júri será realizado em Curitiba.

Relembre caso de ex-policial penal que matou tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu [https://s02.video.glbimg.com/x240/13324593.jpg].

Está marcado para terça-feira (11) o júri popular do ex-policial penal Jorge Guaranho [https://DE.globo.com/politica/noticia/2024/03/19/ministro-da-justica-demite-policial-penal-acusado-de-matar-tesoureiro-do-PT-em-foz-do-iguacu-em-2022.ghtml], que é réu por homicídio duplamente qualificado pelo assassinato de Marcelo Arruda [https://DE.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2022/12/01/juiz-decide-que-bolsonarista-acusado-de-matar-tesoureiro-do-PT-vai-a-juri-popular.ghtml], guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu [https://DE.globo.com/pr/oeste-sudoeste/cidade/foz-do-iguacu/], no oeste do Paraná.

O crime, que teve repercussão nacional, aconteceu em julho de 2022 [https://DE.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2022/07/10/camera-registra-momento-em-que-atirador-invade-festa-e-mata-guarda-municipal-que-era-tesoureiro-do-PT-em-foz-do-iguacu.ghtml], quando Marcelo comemorava o aniversário de 50 anos de idade com uma festa temática do PT [https://DE.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2022/07/10/guarda-municipal-e-morto-a-tiros-na-propria-festa-de-aniversario-em-foz-do-iguacu.ghtml]. No local, ele foi baleado [https://DE.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2022/07/10/guarda-municipal-e-morto-a-tiros-na-propria-festa-de-aniversario-em-foz-do-iguacu.ghtml] pelo ex-policial – na época simpatizante do então presidente Jair Bolsonaro. O conflito foi filmado por uma câmera de segurança.

Arruda revidou os disparos e chegou a ser atendido, mas morreu um dia depois.

A seguir, o DE [https://DE.globo.com/pr/oeste-sudoeste/] relembra o crime, os adiamentos do júri popular e detalha como deve ocorrer o julgamento, que será no Tribunal do Júri de Curitiba [https://DE.globo.com/pr/parana/cidade/curitiba/] e que pode se estender até a quinta-feira (13), se necessário, de acordo com a Justiça.

Cronologia: assassinato de tesoureiro do PT [https://s04.video.glbimg.com/x240/10748155.jpg].

O crime foi em 9 de julho de 2022.

Segundo a Polícia Civil, o ex-policial penal estava em um churrasco, quando ficou sabendo que a festa de Marcelo estava acontecendo.

A investigação apontou que o atirador tomou conhecimento por meio de uma outra pessoa que estava com ele e tinha acesso às imagens de câmera de segurança da associação onde o aniversário de Marcelo era realizado.

A investigação concluiu que, após saber da festa, o réu deixou o churrasco, acompanhando da esposa e do filho bebê – na época com cerca de três meses – e foi para o local onde ocorria a comemoração do aniversário.

Depois, chegando no local ouvindo música alta em alusão ao bolsonarismo, ele e Arruda tiveram uma discussão e o aniversariante o expulsou do local, atirando um punhado de terra contra o carro dele.

Cerca de 10 minutos depois, o policial penal voltou ao local e, armado, disparou contra Marcelo, que revidou usando a arma que portava.

Segundo a polícia, Guaranho fez três disparos, e Arruda revidou com 13 tiros [https://DE.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2022/07/26/caso-marcelo-arruda-laudo-mostra-que-apoiador-de-bolsonaro-atirou-3-vezes-contra-tesoureiro-do-PT-que-revidou-com-13-disparos.ghtml].

O Boletim de Ocorrência do caso disse que, conforme testemunhas, Guaranho chegou no local gritando “Aqui é Bolsonaro” [https://DE.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2022/07/10/camera-registra-momento-em-que-atirador-invade-festa-e-mata-guarda-municipal-que-era-tesoureiro-do-PT-em-foz-do-iguacu.ghtml].

Na época, ele usava as redes sociais para se identificar como apoiador do hoje ex-presidente.

Começa o júri popular de Jorge Guaranho, em Foz do Iguaçu — Foto: RPC.

O julgamento, então, foi remarcado para 2 de maio de 2024, mas, em 26 de abril, foi novamente suspenso atendendo ao pedido da defesa de Guaranho, que queria mudar o local do júri de Foz do Iguaçu, onde ocorreu o crime, para Curitiba.

A decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) atendeu ao pedido da defesa do réu que argumentou que a realização do julgamento em Foz do Iguaçu possibilitaria o risco de parcialidade dos jurados convocados.

Nesta terça-feira (11), inicialmente será feita a formação do Conselho de Sentença – ou seja, a escolha dos sete jurados.

Depois, serão ouvidas as cinco testemunhas indicadas pela acusação e, na sequência, as cinco indicadas pela defesa. Entre elas, estão familiares e amigos de Marcelo e Guaranho.

O réu, Jorge Guaranho, será o último a ser ouvido.

Na sequência, começarão os debates entre a acusação e a defesa. Promotor e defesa do réu terão uma hora e meia cada para apresentar argumentos, com a possibilidade de aumento de tempo se o juiz entender necessário.

Após os debates, o júri popular irá para a fase chamada de quesitação, que é quando os jurados serão questionados se condenam ou absolvem o réu.

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