PF investiga senador do PL por desvios em emendas parlamentares

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A Polícia Federal (PF) liga o senador do PL a desvios em emendas e solicita investigação. O relatório da corporação aponta indícios de envolvimento de Eduardo Gomes em um suposto esquema de rateio de emendas parlamentares. Gomes atua como o atual 1º vice-presidente do Senado e já foi líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional. Em 2019, ele foi um dos senadores que trabalhou na relatoria do orçamento do ano seguinte.

O pedido da PF foi feito no contexto do inquérito da operação Emendário, que teve como alvo três deputados do PL, denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Durante a investigação, ao analisar aparelhos eletrônicos apreendidos, a PF encontrou mensagens que indicam que um ex-assessor de Eduardo Gomes cobrava o pagamento de valores de Carlos Lopes, secretário parlamentar do deputado Josimar Maranhãozinho.

Nas mensagens, de fevereiro de 2022, Carlos Lopes é apontado pela PF como responsável pela elaboração de ofícios, planilhas e articulações de emendas com outros parlamentares sob orientação de Josimar Maranhãozinho. O ex-assessor Lizoel Bezerra, supostamente ligado a Eduardo Gomes, cobrava um “saldo devedor” de R$1,3 milhões, sendo solicitado o pagamento de pelo menos R$150 mil naquele momento devido a uma viagem.

As conversas entre os envolvidos continuam até março de 2022, e em uma delas Lizoel Bezerra expressa preocupação com possíveis consequências negativas em relação ao próximo orçamento, caso os pagamentos não sejam realizados. A PF encaminhou o relatório à PGR, sugerindo a abertura de uma nova investigação mais detalhada sobre o envolvimento do senador.

A defesa de Eduardo Gomes afirmou que, como líder do governo Bolsonaro e relator parcial do orçamento, o senador destinou recursos para diversos estados, incluindo o Maranhão. A assessoria também esclareceu que a única emenda individual destinada a outro estado que não o Tocantins foi durante a calamidade que afetou o Rio Grande do Sul, no valor de R$1 milhão. Sobre Lizoel Bezerra, a defesa afirmou que ele trabalhou como motorista em campanhas políticas do senador e não é um funcionário do gabinete no senado.

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