Passagem de Bolsonaro por Goiânia, gera polêmica

Em sua rápida passagem por Goiânia na última quinta feira, 9, o candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), foi ovacionado por uma multidão que estava presente no aeroporto. O candidato afirmou que não estava na capital para fazer campanha, mas aproveitou o momento e disse que caso seja eleito irá derrubar as barreiras que impedem a população de se armar. “Vamos fortalecer a nossa liberdade, vamos conseguir porte de arma de fogo para vocês”, declarou. Ao se pronunciar em cima de um trio elétrico, ele gerou polêmica ao segurar em seu colo uma criança que reproduzia o gesto de uma arma com a mão.

A foto foi publicada e viralizou na internet, havendo uma repercussão no país inteiro. Parte da população declarou apoio ao candidato á presidência, mas a maioria se revoltou, além disso ele recebeu diversas críticas vindas de  jornalistas, políticos e outros pré- candidatos. Em uma entrevista ao jornal o Globo, Bolsonaro rebateu as críticas dirigidas a ele: “Chega de frescura, quando eu era criança, brincava de arma o tempo todo. Nas favelas, tem gente de fuzil por todo o lado”.

Ainda na ocasião o deputado explicou que a foto foi foi tirada de forma espontânea e que o pai autorizou as imagens. “Um filho vê o pai policial armado todo dia. Não vejo  maldade nenhuma nisso. As crianças do Brasil têm que ver as armas como algo ligado à  responsabilidade e de proteção à vida”, completa.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, delegado Waldir (PSL-GO), parlamentar e apoiador do candidato a presidência, disse que a cena não tem nada de mais.  Ao justificar o ato, ele diz: “O Bolsonaro não estava ensinando nenhuma ideologia de gênero não”, ainda de acordo com ele, o gesto foi feito a pedido dos pais da menina.

Foto: Reprodução

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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