O mercado financeiro elevou a projeção da inflação deste ano pela 17ª semana consecutiva. De acordo com os analistas consultados pelo Banco Central (BC), a estimativa passou de 5,51%, na semana anterior, para 5,58% nesta semana. Esses dados foram divulgados no relatório Focus, que é elaborado semanalmente pelo BC com base nas previsões de mais de 100 analistas do mercado financeiro.
O Relatório de Mercado Focus resume as estatísticas calculadas com base nas expectativas coletadas do mercado financeiro até a sexta-feira anterior à divulgação do documento. Tradicionalmente divulgado toda segunda-feira, o relatório apresenta a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para diversos indicadores econômicos, como índices de preços, atividade econômica, câmbio (dólar) e taxa Selic. Vale ressaltar que as projeções são do mercado, e não do Banco Central.
Para o ano de 2025, a meta de inflação estabelecida é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual, sendo 1,5% como piso e 4,5% como teto. Caso a meta seja descumprida, o Banco Central é obrigado a enviar uma carta aberta ao ministro da Fazenda, explicando as razões para o descumprimento. É importante destacar que a autoridade monetária é responsável por controlar a inflação por meio da taxa básica de juros definida pelo Copom a cada 45 dias.
Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, a projeção para janeiro passou de 0,13% para 0,15%. Isso indica que os analistas acreditam que os preços dos bens e produtos terão um avanço de 0,15% no primeiro mês do ano. Com essas projeções em mente, o mercado segue atento às movimentações econômicas e às decisões do Banco Central para o controle da inflação.
É importante ressaltar que, caso a meta de inflação seja constantemente descumprida, medidas podem ser tomadas pelo Banco Central para tentar estabilizar a economia. O mercado financeiro continua revisando suas projeções semanalmente, mostrando um cenário de incertezas e desafios para a economia brasileira. A atenção dos investidores e analistas se volta para as decisões das autoridades econômicas e as perspectivas futuras para o cenário inflacionário do país.