Polícia Federal assume investigação de desabamento na “igreja de ouro” na Bahia

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A Polícia Federal assumiu, nesta segunda-feira (10), a investigação integral do desabamento da “igreja de ouro” na Bahia, onde uma turista de 26 anos morreu e cinco pessoas ficaram feridas. Anteriormente, a PF dividia funções com a Polícia Civil da Bahia, que havia ficado responsável por ouvir testemunhas do desabamento. Até o momento, não há um prazo definido para a conclusão do inquérito.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) revelou que a igreja foi vistoriada pela última vez em maio de 2024 e que não foram encontrados indícios de problemas estruturais que pudessem ocasionar o desabamento da forração do teto do templo. Diante disso, o Iphan está planejando obras emergenciais que envolverão escoramento, estabilização, acesso e segurança do monumento e dos trabalhadores envolvidos.

Além disso, o Instituto informou que também serão realizados trabalhos de diagnóstico, triagem, catalogação, higienização, proteção e armazenagem das estruturas e bens artísticos que serão restaurados e remontados em uma segunda etapa. Dessa forma, o Iphan está se responsabilizando por medidas emergenciais para recuperar e preservar o patrimônio histórico e cultural da região.

A Polícia Civil investiga os detalhes do desabamento, que resultou na morte da turista Giulia Righetto. Imagens feitas por testemunhas mostram os estragos após o incidente, no qual o teto do templo desabou sobre os fiéis. Giulia estava acompanhada pelo namorado e amigos quando ocorreu o acidente fatal, gerando comoção entre familiares e amigos.

Os frades responsáveis pela igreja solicitaram uma vistoria no forro do teto, que apresentava fissuras, porém não comunicaram à Defesa Civil ou Corpo de Bombeiros sobre os riscos. O Iphan, por sua vez, realiza vistorias técnicas periódicas em bens tombados, notificando os proprietários em caso de identificação de riscos à estrutura.

A comoção e a busca por respostas sobre as causas do desabamento continuam, enquanto autoridades locais e familiares de Giulia se preparam para as despedidas e homenagens à jovem vítima. A mobilização para entender o ocorrido e adotar medidas preventivas visando à preservação do patrimônio histórico envolvido no acidente estão em curso, demonstrando a importância da manutenção e conservação desse tipo de construção.

O Iphan destaca sua atuação na restauração de bens tombados no Brasil, buscando parcerias para viabilizar os investimentos necessários. O Instituto reforça a responsabilidade dos proprietários na preservação dos imóveis, mas assume papel ativo em situações emergenciais, demonstrando comprometimento com a valorização e proteção do patrimônio cultural brasileiro.

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