O McDonald’s registrou queda nas vendas no quarto trimestre de 2024, impactado por um surto de E. coli no outono passado. As visitas às lojas da rede diminuíram, resultando em uma retração de 1,4% nas vendas de unidades abertas há pelo menos um ano nos Estados Unidos, contrastando com o crescimento de 4,3% no mesmo período do ano anterior.
A crise sanitária agravou um ano já difícil para a rede, que enfrentou uma queda na percepção de valor entre clientes preocupados com os preços. O CEO Chris Kempczinski admitiu que o desempenho da empresa ficou abaixo das expectativas e que o McDonald’s esteve no centro de diversas controvérsias ao longo de 2024.
O surto, que adoeceu mais de 100 pessoas em uma dúzia de estados e levou a processos judiciais contra a rede, teve como provável origem cebolas frescas servidas nos lanches. Os Centros de Controle de Doenças declararam o fim do surto em novembro, quando as vendas atingiram seu nível mais baixo. Desde então, houve recuperação gradual, mas a empresa só espera normalizar seus negócios no início do segundo trimestre de 2025.
Para reverter o quadro, o McDonald’s investiu US$ 100 milhões em campanhas de marketing e lançou, em janeiro, um cardápio com opções mais acessíveis, chamado “McValue”. A empresa afirma que o aumento médio de 40% nos preços do menu desde 2019 acompanha a alta dos custos. Apesar do cenário desafiador, o café da manhã tem se destacado como um ponto positivo, ajudando a rede a recuperar participação de mercado.
Em 2025, o McDonald’s planeja abrir cerca de 2.200 novas unidades no mundo, incluindo mercados considerados maduros, como os EUA. A empresa também expandirá suas opções de frango, trazendo de volta o Snack Wrap e o Chicken Big Mac por tempo limitado.
Apesar das dificuldades nos EUA, os mercados internacionais licenciados apresentaram crescimento de 4,1% no último trimestre, com destaque para o Oriente Médio, onde a marca enfrentou boicotes. As ações do McDonald’s subiram quase 4% no início do pregão desta segunda-feira, 10.