Análise: Vasco esquenta os nervos, ouve vaias e deixa para decidir nos clássicos sua vida no Carioca
Em jogo marcado por protesto da arquibancada e discussão de João Victor com torcedores, o time sofre para passar pela defesa do Sampaio Corrêa e vai precisar pontuar nos dois últimos jogos.
DE perdeu na noite desta segunda-feira sua última chance de somar gordura antes da sequência de clássicos que vai decidir seu futuro no Campeonato Carioca. Com o empate sem gols diante do Sampaio Corrêa, o time de Fábio Carille continua em terceiro lugar, com 14 pontos, mas vai precisar pontuar contra Flamengo e Botafogo nas duas últimas rodadas se quiser ficar entre os quatro primeiros colocados ao fim da Taça Guanabara.
Essa foi a terceira partida sem vitória do Vasco, que vem de derrota para o Fluminense e de empate com o Volta Redonda. Como o momento não é bom, a equipe ouviu vaias e viu os nervos esquentarem no Estádio Lourival Gomes, no distrito de Saquarema, a cerca de 90 quilômetros da capital.
Ao fim da partida, João Victor discutiu com torcedores posicionados na grade próximo ao vestiário da equipe visitante. Carille, em alguns momentos do jogo, subiu o tom das cobranças e mostrou-se incomodado com a falta de velocidade na saída de bola. A equipe precisa voltar a apresentar bom futebol e, acima de tudo, voltar a vencer para acalmar os ânimos.
Em Saquarema, diante de uma equipe que sabidamente se fecharia atrás para apostar nos contra-ataques, o Vasco não conseguiu encontrar antídoto para a retranca e sofreu na parte da criação. Teve o domínio da partida, mais posse de bola, mas não conseguiu converter a vantagem em oportunidades de gol.
Diferentemente das duas rodadas passadas, o Vasco teve do domínio nesta segunda-feira e ditou o ritmo contra o Sampaio Corrêa, que nitidamente não fez questão de jogar, estacionou o caminhão na frente da área e apostou nas transições verticais. No entanto, a superioridade não era traduzida em chances. A equipe, ciente de que o meio de campo estava povoado, investiu em jogadas pelos cantos, onde Paulo Henrique e Lucas Piton projetavam-se encontravam espaço.
Diante de uma equipe bem fechada, a bola longa por vezes mostrou-se uma alternativa: Piton e Paulo Henrique incomodaram a defesa adversária nesse sentido. Mas os lances dificilmente eram concluídos. A primeira chance mais clara saiu apenas aos 21 minutos, com Zuccarello arriscando de fora da área. Paulo Henrique e Jair também arriscaram de longe e assustaram.