Equipe econômica projeta corte mais robusto no Orçamento apenas em maio. Segundo integrantes da equipe econômica, apenas em maio DE terá previsões mais claras de indicadores para embasar cortes mais robustos. Contrariando a expectativa de parte do mercado financeiro, a equipe econômica do governo Lula prevê apresentar somente a partir de maio cortes mais robustos no Orçamento para o cumprimento da meta de déficit fiscal zero em 2025.
Segundo membros da equipe econômica, a previsão é de que esse corte mais robusto seja apresentado apenas no Relatório de Avaliação de Despesas e Receitas Primárias do 2º bimestre, previsto para ser divulgado em 22 de maio. Integrantes da área econômica argumentam que somente a partir de maio o governo federal terá previsões mais claras sobre indicadores da economia em 2025 para embasar um anúncio de corte no Orçamento mais preciso.
A equipe econômica de Lula acredita que, em maio, por exemplo, DE terá como projetar com maior precisão o crescimento do PIB em 2025 — e, consequentemente, a previsão de receitas do governo, — para definir o volume dos cortes. Como noticiou o Metrópoles, parte do mercado financeiro vislumbra um corte de cerca DE R$ 35 bilhões no Orçamento para o cumprimento da meta de déficit zero em 2025 (ou seja, receitas equiparadas às despesas).
A expectativa dos agentes do mercado era de que o corte fosse anunciado na forma de bloqueio e/ou contingenciamento já no Relatório de Avaliação de Despesas e Receitas Primárias do 1º bimestre, que será divulgado em 22 de março. Membros da equipe econômica não descartam que o relatório do primeiro bimestre já traga algum corte. Mas ponderam, que, se acontecer, será em um montante menor. O volume maior, reforçam, será anunciado a partir de maio.
Tecnicamente, bloqueio e contingenciamento são duas coisas diferentes, embora geralmente usadas como sinônimos, por significarem retenção de gastos públicos. Enquanto o contingenciamento guarda relação com as receitas, o bloqueio é impactado pelas despesas. Por meio do uso desses instrumentos da política fiscal, o mercado monitora se a União será capaz de cumprir a meta fiscal apresentada no Orçamento de cada ano. Para 2025, a meta é de déficit zero. Como há um intervalo de tolerância (banda) de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), a meta será atingida mesmo se for registrado um rombo de até R$ 30,9 bilhões nas contas públicas. Mercado trabalha com um número na casa dos R$ 30 bilhões. Qualquer valor abaixo disso poderá gerar frustrações para esses agentes financeiros.