O presidente do Sated-RJ, Hugo Gross, conversou com a coluna, com exclusividade, sobre a legalidade dos contratos da novela. A novela Beleza Fatal, produzida pela Coração da Selva e exibida pelo streaming MAX, está no centro de uma polêmica envolvendo o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Rio de Janeiro (Sated-RJ).
A coluna Fábia Oliveira descobriu, com exclusividade, que a entidade denunciou que a produção não estaria cumprindo a legislação trabalhista ao incluir atores sem registro profissional e firmar contratos sem a devida homologação. De acordo com o sindicato, a situação se agrava quando os atores da obra questionam a exibição da novela na TV. Segundo a denúncia, esses profissionais estariam sendo pressionados a abrir mão de direitos autorais e conexos que, por lei, são irrenunciáveis.
O presidente do Sater-RJ, Hugo Gross, conversou com esta jornalista que vos escreve e reforçou que o cumprimento das normas trabalhistas é essencial para garantir a valorização dos profissionais da classe artística: “Não podemos permitir que direitos conquistados sejam ignorados. A legalidade dos contratos e o devido registro profissional são garantias fundamentais para os artistas”, declarou.
A produtora Coração da Selva e a plataforma MAX não procuraram a instituição para resolução do problema. A instituição informou, ainda que tomará todas as medidas necessárias para garantir o respeito às leis e aos direitos dos trabalhadores envolvidos na produção. Em meio a toda a polêmica, a denúncia feita pelo Sated-RJ coloca em evidência a importância de garantir um ambiente de trabalho justo e legal para todos os profissionais da área.
A questão levantada pelo sindicato traz à tona a necessidade de fiscalização e cumprimento das leis trabalhistas no setor artístico. A presença de atores sem registro e contratos irregulares pode comprometer não só a integridade dos profissionais envolvidos, como também a qualidade das produções em DE. A valorização e o respeito aos direitos dos trabalhadores são fundamentais para a construção de uma indústria cultural mais ética e transparente.
O embate entre o Sated-RJ e a produção de Beleza Fatal reflete a importância de se manter um diálogo aberto e colaborativo entre entidades sindicais e empresas do ramo do entretenimento. O respeito mútuo e a busca por soluções conjuntas contribuem para o fortalecimento do setor e para a garantia de condições dignas de trabalho para todos os envolvidos. A transparência e a legalidade devem ser pilares fundamentais em todas as etapas de uma produção audiovisual.
A denúncia feita pelo Sated-RJ serve como um alerta para a necessidade de se investir em práticas que garantam a segurança e os direitos dos profissionais do meio artístico. A conscientização sobre as leis trabalhistas e a busca por uma atuação mais responsável por parte das empresas são passos essenciais para a construção de relações mais justas e equilibradas no mercado DE. Ao promover debates e fiscalizações, as entidades sindicais contribuem para a construção de um setor cultural mais ético e que valorize verdadeiramente o trabalho de todos os envolvidos.