O Brasil registrou uma queda significativa no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) da Transparência Internacional, caindo para a 107ª posição em 2024. Essa é a pior colocação do país desde o início da série histórica em 2012. No ano anterior, o Brasil ocupava a 104ª posição, mas agora está empatado com países como Argélia, Malauí, Nepal, Níger, Tailândia e Turquia.

Desempenho do Brasil no IPC

A nota do IPC varia de 0 a 100, onde 0 indica alta corrupção e 100, alta integridade. O Brasil obteve apenas 34 pontos, uma redução em relação aos 36 pontos de 2023 e aos 38 pontos de 2022. Em 2014, o país havia alcançado seu melhor desempenho, com 43 pontos, figurando na 69ª posição ao lado de nações como Bulgária, Grécia, Itália, Romênia e Senegal.

A queda no ranking é atribuída a fatores como o silêncio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a pauta anticorrupção. Outro fator é a manutenção do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, no cargo, apesar de ter sido indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, fraude em licitação e organização criminosa.

Importância do índice de percepção da corrupção

O IPC é um dos principais indicadores globais de corrupção, avaliando 180 países com base em dados de instituições como o Banco Mundial e o Fórum Econômico Mundial, além da percepção de especialistas. A Dinamarca lidera o ranking com 90 pontos, seguida pela Finlândia com 88 e Singapura com 84. Já a Venezuela, Somália e Sudão do Sul ocupam as últimas posições, com 10, 9 e 8 pontos, respectivamente.