Licença-prêmio “a conta disso, quem vai pagar é o contribuinte”, afirma advogado Marcos César

“Estamos vivendo problemas financeiros no estado e criar mais um ônus para o orçamento público é um problema para a sociedade, porque a conta disso, quem vai pagar é o contribuinte”

O projeto do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) que propõe a criação de licença-prêmio a magistrados, extinção de cargos e redução do expediente não foi votado nesta quarta-feira (25), em sessão convocada na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego). O texto não foi enviado a tempo para a Assembleia, o que inviabiliza a discussão ainda esta semana.

Durante entrevista ao jornal Diário do Estado o advogado constitucionalista, Marcos César Gonçalves, explicou e falou a respeito da licença-prêmio para juízes. De acordo como o advogado o projeto de lei é polêmico e trará danos a sociedade como um todo. “Estamos vivendo problemas financeiros no estado e criar mais um ônus para o orçamento público é um problema para a sociedade, porque a conta disso, quem vai pagar é o contribuinte”, destaca.

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) avalia que a medida tornará a Justiça mais cara e lenta. “Não é o momento para criar um projeto desses. É certo que para cargos de magistratura a remuneração deve ser justa e adequada a cada situação do estado brasileiro. Mas, o caminho correto seria atualizar as remunerações antigas e não criar subterfúgios para melhorar essa remuneração”, explica marcos.

 

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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