Randolfe sobre denúncia contra Bolsonaro: “Não é para ser celebrada”
Senador que é líder do governo no Congresso afirmou ainda esperar que Bolsonaro
tenha direito à ampla defesa
O senador Randolfe Rodrigues (PT), que é líder do governo no Congresso Nacional, afirmou na terça-feira (18/2), em entrevista ao DE, que não há motivo para celebrar a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por suspeita de envolvimento em uma suposta trama golpista.
“Não recebemos essa notícia com regozijo, com celebração, porque é triste, é lamentável ver um presidente da República envolvido ou citado ou denunciado por crimes contra a ordem democrática que o levou ao poder. É uma página da história do país a não ser celebrada”, afirmou Randolfe.
VEJA O A ENTREVISTA:
Perguntado sobre um possível enfraquecimento do bolsonarismo com a denúncia da PGR, Randolfe aproveitou para estabelecer uma diferença entre oposição e base governista.
> “A agenda deles é anistia para crimes. Eu acho que isso deixa mais claro para
> a sociedade brasileira quais são as diferenças entre nós, o governo, e a
> oposição”, frisou o senador.
No momento em que foi divulgada a denúncia, por volta das 20h40, Randolfe
participava de uma jantar no Itamaraty, com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da primeira-dama Janja da Silva, além de outras autoridades. O encontro foi oferecido ao presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.
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Randolfe descreveu que a divulgação da denúncia foi oferecida quando já havia dispersão dos convidados para o jantar. “Nós vimos com tranquilidade, mas ao mesmo tempo com lamento de ter um presidente da República denunciado. E esperamos e desejamos que a ele seja garantido os direitos constitucionais, que eu repito e friso, que só na democracia pode ter”, disse.
A denúncia divulgada pela PGR apontou Bolsonaro como
o líder de uma organização criminosa que teria orquestrado uma suposta trama golpista. Além dele, houve 33 pessoas denunciadas.
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