CDL Goiânia oferece sistema de biometria facial para evitar fraudes no comércio

Para diminuir o número de fraudes e minimizar os riscos para o comércio da Capital no momento da concessão e crédito, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia passa a ter em seu portfólio de serviços mais uma ferramenta para dar segurança ao empresário e também ao consumidor: o SPC Reconhecimento Facial. A tecnologia, que no Brasil já é adotada no check-in de companhias aéreas e em dispositivos de celulares, passa a ser realidade nos processos de concessão de crédito de todo o país. O serviço é inédito no mercado de bureaux.

O sistema, que identifica o cliente com um nível de acerto de 99,75%, tem como objetivo evitar qualquer tipo de fraude no sistema financeiro de empresas, por meio da leitura dos traços do rosto para confirmação de identidade. Além das faces já disponíveis, o próprio empresário poderá alimentar o sistema com novas imagens.

Com uma foto simples, captada pelo empresário no momento de realizar a venda, será possível confirmar a identidade do cliente. As imagens poderão ser captadas por meio de uma webcam, por exemplo. Assim que o software lê essas informações, por meio da câmera, o rosto da pessoa é automaticamente codificado. A partir daí, é anexado ao cadastro do indivíduo. Ou seja, toda vez que ele for fotografado em algum cadastro de crédito, as suas informações faciais serão comparadas com um banco de dados.

A diretora executiva da CDL Goiânia, Alexandra Lima, ressalta que essa inovação proporciona mais segurança para o mercado, pois permite identificar o consumidor com mais precisão no momento da compra. Para um resultado ainda mais eficaz, a diretora frisa que é importante que o empresário atualize os dados cadastrais dos clientes ao realizar a identificação biométrica.

No total, o SPC Brasil já tem mais de 36 milhões de faces em seu banco de dados. A expectativa é a de que, já no primeiro ano de operação, 3 milhões de faces sejam cadastradas em sua base.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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