Alisson vê cobrança fora do tom a trabalho de Zubeldía no São Paulo: “Um pouco desnecessária”
Volante diz que situação do Palmeiras não diz respeito ao Tricolor, comenta atrasos da diretoria e explica oscilações no Paulistão: “Nenhuma equipe está atropelando todo mundo”
Em entrevista exclusiva, Alisson, do São Paulo, projeta Seleção Brasileira: “Seria muito especial”
Apesar da classificação antecipada para as quartas de final do Paulistão, o São Paulo de Luis Zubeldía tem sido alvo de críticas na temporada recém-iniciada, principalmente depois de acumular resultados como os empates contra Velo Clube e Inter de Limeira e as derrotas para Bragantino e Santos.
Nesta quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), no Morumbis, a equipe recebe a Ponte Preta para o 11º jogo disputado num período de 30 dias, na penúltima rodada da fase de grupos do torneio estadual. Alisson, com dores no tornozelo direito, será preservado pela comissão técnica e só deve reforçar o time nas quartas de final.
Um dos pilares da equipe, porém, ele atendeu a reportagem do ge numa entrevista exclusiva na terça-feira e disse considerar exageradas as críticas de quem pede a demissão do treinador, embora admita que a equipe ainda vive uma busca por evolução em desempenho e resultados.
– Cumprimos nosso primeiro objetivo, que era a classificação. A gente sabe que tem de melhorar, mas acho que acaba sendo um pouco desnecessária (a pressão). Até porque se você parar para ver, hoje no Brasil você não vê nenhuma equipe atropelando todo mundo. As equipes grandes vêm sofrendo. Uma prova é o Palmeiras, que pode até perder a classificação. Nosso objetivo foi conquistado. Claro que temos de melhorar algumas coisas, mas é um pouco desnecessária (a cobrança) – disse ao ge.
A situação do Palmeiras, aliás, passou a ser tema de debate entre torcedores do São Paulo. Afinal, o Tricolor enfrentará Ponte Preta e São Bernardo em sequência, os dois adversários que neste momento lideram o grupo do rival, que pode ficar fora das quartas. Alisson, porém, diz que o time só pensa em si.
– De forma alguma (pensamos em entregar). Nosso objetivo é entrar e vencer. O São Paulo não é culpado de desclassificação ou do título de outra equipe. A gente cuida do nosso. Não é a gente que colocou o Palmeiras ali. Precisamos muito desta vitória pelo fato de podermos decidir em casa.
Outro tema tratado pelo jogador na entrevista foi a situação financeira do São Paulo. O clube hoje tem alguns valores a pagar a parte dos jogadores do elenco. Alisson diz que a conversa sobre acertos e atrasos é sempre muito franca entre clube e jogadores e minimizou esse tema:
– Entendemos o momento do clube, mas temos de valorizar o que a diretoria vem fazendo, ela vem se esforçando. Tem algo pendente ainda, mas eles sempre conversam, explicam a situação. Temos um grupo muito unido que pensa realmente em conquistar títulos, e tenho certeza que eles (dirigentes) sempre vão cumprir a palavra deles com a gente. Não (deram prazo). Eles vêm quitando algumas coisas pendentes com alguns atletas no dia a dia. Entendemos a situação do clube – afirmou.
Alisson também compartilhou sua perspectiva sobre o desempenho recente do São Paulo, destacando o desafio de jogar quatro partidas em nove dias e a importância de manter o foco para alcançar os objetivos. Ele ainda mencionou a eliminação para o Novorizontino no Paulistão do ano anterior e a ambição de conquistar títulos com o clube.
Por fim, o jogador abordou a possibilidade de uma transferência para o exterior, demonstrando interesse em jogar na Europa, mas ressaltando sua satisfação em defender as cores do São Paulo. Alisson, aos 31 anos, refletiu sobre sua trajetória no clube e sua vontade de encerrar a carreira na equipe que o acolheu e proporcionou grandes momentos.