A empresa Rumble virou notícia ao desafiar e processar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar de desconhecida de muita gente, a plataforma é muito utilizada por grupos conservadores, principalmente nos Estados Unidos (EUA).
No Brasil, a plataforma atraiu personalidades como Monark, Rodrigo Constantino e Allan dos Santos, que migraram para a rede social após Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinar o bloqueio de perfis. O Rumble chegou a ser desativado no Brasil, em dezembro de 2023, e só voltou em fevereiro deste ano.
O Rumble foi fundado em 2013 pelo empresário canadense Chris Pavlovski. Nas redes sociais, ele constantemente defende a liberdade de expressão. Recentemente, publicou que “insultar alguém não é crime”. Desde o início, a plataforma se apresenta como uma rede social mais permissiva. A plataforma afirma não usar algoritmos para filtrar e suprimir conteúdos. Por conta disso, ganhou maior adesão em 2020, durante as eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Na ação apresentada em um tribunal federal em Tampa, no Estado da Flórida, o Rumble e a TMTG acusam Moraes de infringir a Constituição americana por ter ordenado que o Rumble bloqueasse contas de personalidades brasileiras baseadas em território americano, como o ex-colunista da Jovem Pan, Paulo Figueiredo. A ação também cita o bloqueio do X, antigo Twitter, em 2024 e afirma que “desde 2022, o ministro Moraes teria ordenado a suspensão de quase 150 contas, visando críticos do atual presidente Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva, incluindo legisladores conservadores, jornalistas, juristas e até músicos”.
No Brasil, a plataforma atraiu personalidades como Monark, Rodrigo Constantino e Allan dos Santos, que migraram para a rede social após Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinar o bloqueio de perfis. O Rumble chegou a ser desativado no Brasil, em dezembro de 2023, e só voltou em fevereiro deste ano.
Desde 2021, a empresa está listada na Nasdaq e recebeu financiamento de US$ 500 milhões da Narya Capital, empresa de capital de risco fundada pelo atual vice-presidente dos EUA, J.D Vance. Não à toa, a Rumble declarou publicamente que não cumprirá as ordens do magistrado brasileiro logo após entrar com processo contra Moraes, ao lado do grupo empresarial Trump Media & Technology Group (TMTG), do qual o presidente Donald Trump é sócio majoritário.
O processo foi protocolado logo após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A empresa Rumble desafia e processa o ministro Alexandre de Moraes, sustentando que houve violação da Constituição americana por parte do magistrado brasileiro ao ordenar o bloqueio de contas de personalidades brasileiras nos EUA. O embate entre a empresa canadense e o ministro do STF continua a gerar repercussão.
