Dengue em Mogi Guaçu: taxa 13 vezes maior que índice de emergência em SP

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Dengue: Mogi Guaçu registra incidência de casos 13 vezes maior que o índice de
emergência

Na cidade, taxa chega a 4.128 diagnósticos a cada 100 mil habitantes. Estado
decretou emergência para a doença nesta quarta-feira (19).

1 de 2 Dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti — Foto: Adobe Stock

Dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti — Foto: Adobe Stock

Com 6.343 casos de dengue e nove mortes pela doença confirmadas, Mogi Guaçu (SP)
[https://de.globo.com/sp/campinas-regiao/cidade/mogi-guacu/] tem uma incidência
de casos 13,7 vezes maior que o limite estabelecido para situação de emergência
para a doença, decretada em todo o estado nesta quarta-feira (19).
[https://de.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/02/19/com-casos-de-dengue-em-alta-secretaria-da-saude-de-sp-recomenda-decretacao-de-situacao-de-emergencia.ghtml]

Na cidade, a incidência da doença chega a 4.128 casos a cada 100 mil habitantes.
O segundo município com a maior taxa na área de cobertura do DE Campinas
[http://de.com.br/campinas] é Estiva Gerbi (SP)
[https://de.globo.com/sp/campinas-regiao/cidade/estiva-gerbi/], com 3.992 casos
a cada 100 mil moradores.

⚠️ O coeficiente de incidência é um cálculo feito por autoridades de saúde que
estima o risco de ocorrência de casos de dengue, em períodos endêmicos e
epidêmicos, numa determinada população em intervalo de tempo determinado,
segundo o Ministério da Saúde.

Esse cálculo é feito dividindo o número de casos novos confirmados de dengue em
moradores pela população total do município, multiplicando esse resultado por
100 mil na sequência.

Os dados foram obtidos junto às prefeituras e também via Painel de Monitoramento
das Arboviroses, atualizado pelo Ministério da Saúde. Veja, abaixo, os casos e
mortes confirmados nos municípios da região, além das taxas de incidência.

2 de 2 Mogi Guaçu — Foto: Reprodução/EPTV

Mogi Guaçu — Foto: Reprodução/EPTV

AUMENTO EXPRESSIVO NO CIRCUITO DAS ÁGUAS

O número de casos de dengue confirmados no Circuito das Águas Paulista
[https://de.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2025/02/11/circuito-das-aguas-e-baixa-mogiana-tem-explosao-de-casos-de-dengue-e-epidemiologista-alerta-indicativo-de-ano-complicado.ghtml],
nas cinco primeiras semanas de 2025, já era 15 vezes maior do que as
confirmações nas sete primeiras semanas de 2024. O município de Amparo (SP)
[https://de.globo.com/sp/campinas-regiao/cidade/amparo-sp/], sozinho,
correspondeu a mais de 90% dos infectados.

Também houve aumento expressivo nos casos da região da Baixa Mogiana, que teve
dez vezes mais confirmações de dengue no mesmo período deste ano em relação ao
início de 2024.

LEIA MAIS:

– Amparo decreta emergência após alta de casos de dengue
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Para o epidemiologista André Ribas, o aumento das temperaturas pode ser um dos
fatores para a alta de casos da doença, e os números são um “indicativo de um
ano complicado”.

> “A gente vai passar por muito tempo ainda de calor. O período mais favorável
> para transmissão da dengue vai até abril. Vai ter bastante tempo para o vírus
> se replicar no mosquito e ser transmitido para outras pessoas”, explicou.

Segundo Ribas, a região dos Circuito das Águas sempre foi conhecida por ter
clima mais ameno. Mas com os impactos da mudança climática, “os invernos têm
sido menos frios e os verões bastante quentes, favorecendo a transmissão”,
detalhou.

ORIENTAÇÕES À POPULAÇÃO

A dengue causa febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na
pele, vômito e diarreia, resultando em desidratação.

Ao apresentar algum desses sintomas, o morador deve procurar uma das unidades
de saúde da cidade para atendimento médico.

Algumas medidas de prevenção são:

– Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas
janelas de casa;
– Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e
do pôr do sol;
– Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser
criadouros;
– Tampe os tonéis e caixas d’água;
– Mantenha as calhas limpas;
– Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
– Mantenha lixeiras bem tampadas;
– Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
– Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
– Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
– Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o
acúmulo de água em pneus e calhas;
– Coloque repelentes elétricos próximos às janelas (o uso é contraindicado para
pessoas alérgicas);
– Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
– Evite produtos de higiene com perfume porque podem atrair insetos;
– Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.

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