Edifício Holiday é vendido em leilão por mais de R$ 21,5 milhões quase seis anos depois de ser desocupado por riscos estruturais
Venda do Edifício Holiday, situado no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, foi concluída em sessão virtual nesta quinta-feira (20). Identidade do comprador só será divulgada após homologação do certame, de acordo com o TJPE.
Imagem de arquivo mostra o Edifício Holiday, na Zona Sul do Recife, desocupado em março de 2019. O prédio modernista foi a leilão pela primeira vez no dia 30 de janeiro, mas o lance mínimo de R$ 21,4 milhões não atraiu investidores interessados na compra do imóvel, resultando no adiamento do leilão.
A venda do Edifício Holiday foi concretizada em lance único no valor de R$ 21.538.616,05 durante o leilão virtual no site Lance Certo. A identidade do comprador permanece em sigilo até a homologação do processo, prevista para a próxima semana. Os recursos arrecadados com a venda serão destinados para quitar dívidas trabalhistas, tributos do imóvel, débitos com o serviço público e ressarcimento à prefeitura de Recife, assim como para despesas periciais avaliando o valor de mercado do prédio.
A 7ª Vara da Fazenda Pública da Capital determinou o leilão do Edifício Holiday, desocupado desde 2019 por questões estruturais, em novembro de 2023. Após inspeção técnica em abril de 2024, o imóvel foi avaliado em R$ 34,9 milhões e teve seu valor corrigido para R$ 35,7 milhões em dezembro de 2024, culminando na realização do leilão.
O edital prevê que o comprador do Edifício Holiday deve reformar a construção, mantendo sua arquitetura original, sem autorização para sua demolição, sendo responsável pelos custos da obra. O imóvel é composto por 442 apartamentos tipo estúdio e 34 apartamentos de dois quartos, além de lojas comerciais, com diversas áreas definidas de construção.
Construído em 1956, o Edifício Holiday representa um marco arquitetônico na cidade de Recife. Apesar de sua relevância, ao longo dos anos, o prédio acumulou problemas estruturais, resultando em sua interdição e posterior desocupação em 2019. A estimativa é que a venda do imóvel reforce medidas de segurança e requalificação da área, garantindo sua preservação e uso adequado para os novos proprietários e a comunidade local.