Aluna agride funcionária de autoescola após ter processo de habilitação anulado em Juiz de Fora
Secretária teria sido agredida com socos no rosto, puxões de cabelo e, ainda, batido a cabeça da vítima contra a parede, enquanto esfregava um papel no rosto dela.
Uma secretaria de 42 anos foi agredida por uma jovem, de 25, em uma autoescola na Avenida Rio Branco, na altura do Bairro Bom Pastor, em Juiz de Fora, na noite de quarta-feira (19). A agressão ocorreu após a funcionária informar que o prazo para conclusão do processo para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) havia acabado.
No fim do ano passado, a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) prorrogou até março de 2025 o prazo para conclusão do processo de habilitação aos candidatos que deram entrada na primeira habilitação entre 2019 e 2023.
Segundo informações do Boletim de Ocorrência, a secretaria contou que ligou para a jovem para informar sobre o cancelamento da pauta, mas a aluna foi até, começou a discutir com a funcionária e teria a agredido com socos no rosto, puxões de cabelo e, ainda, batido a cabeça da vítima contra a parede, enquanto esfregava um papel no rosto dela.
Outros funcionários intervieram para separar as duas e, após ser contida, a agressora passou a xingar e ameaçar a funcionária. Testemunhas disseram que a jovem arremessou cadeiras da recepção para o alto e tentou quebrar uma vidraça, mas foi impedida.
Para os militares, a jovem relatou que dois dias antes recebeu um telefonema da autoescola informando sobre o cancelamento do processo. Insatisfeita com a situação, ela decidiu ir até o local para buscar explicações. No entanto, a funcionária teria sido debochada com a situação, o que motivou a agressão.
As duas mulheres foram encaminhadas ao Hospital de Pronto Socorro Dr. Mozart Teixeira (HPS) para exame de corpo de delito. A secretária teve um hematoma ao redor dos olhos, escoriações na região do rosto e hematomas na testa e no couro cabeludo. Já a jovem relatou dores abdominais, mas recusou tomar medicação.
Diário do Estado entrou em contato com a autoescola, que informou que o setor tem passando por um “momento delicado devido ao vencimento de processos que foram prorrogados durante a pandemia”. (veja a nota na íntegra abaixo)
A agressora recebeu voz de prisão pelos crimes de lesão corporal, ameaça e injúria. Já funcionária da autoescola foi presa por vias de fato e agressão. As duas assinaram o termo de representação e foram liberadas em seguida.