Bolsonaro afirma não se importar com prisão após denúncia da PGR por tentativa de golpe. Ele critica investigações e reafirma alegações de fraude eleitoral.
Declarações de Bolsonaro
Em seu primeiro discurso público após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que não se importa com a possibilidade de ser preso. “Vão prender o Bolsonaro? Caguei para a prisão”, disse ele, sob aplausos e gritos de “mito” dos eleitores do Partido Liberal (PL) durante o encontro nacional de comunicação do partido.
Críticas às Investigações
Bolsonaro desacreditou as investigações, classificando-as como “narrativas” contra a extrema direita. Ele argumentou que as provas apresentadas não são suficientes para justificar as acusações. “Quem precisa de 800 páginas para provar, é que não tem o que mostrar”, destacou, referindo-se ao relatório da Polícia Federal que embasou a denúncia da PGR.
Ataques ao STF
O ex-presidente também criticou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que irão julgá-lo nos próximos meses. Ele ironizou o ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de “rei dos inquéritos”. Além disso, Bolsonaro reiterou suas alegações de fraude nas eleições de 2018 e 2022, sem apresentar provas concretas.
Consequências da Denúncia
A denúncia apresentada pela PGR envolve crimes que podem render até 40 anos de prisão ao ex-presidente. No entanto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, não pediu a prisão preventiva de Bolsonaro, mas solicitou a manutenção de outras cautelares, como a proibição de sair do país e a apreensão do passaporte.
Convocação para Manifestações
Bolsonaro convocou seus apoiadores a participarem de manifestações marcadas para o dia 16 de março, pedindo que não levem cartazes. Parlamentares de oposição se reuniram com ele para traçar estratégias de atuação após a denúncia.