Em seu primeiro discurso público após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou estar com a “consciência tranquila” e desdenhou da possibilidade de ser preso. “Caguei para prisão”, declarou Bolsonaro, durante o encontro nacional de comunicação do Partido Liberal (PL), com representantes de big techs como X e Google.

O ex-presidente ironizou a denúncia da PGR, classificando-a como “narrativa”. “Nada têm contra nós do que narrativas. Tudo foi por água abaixo. A mais recente foi essa de golpe”, disse. Ele argumentou que a PGR não tem provas concretas, pois “quem precisa de 800 páginas para provar, é que não tem o que mostrar”, referindo-se ao relatório da Polícia Federal que embasa a denúncia.

Suposta trama golpista e anistia

A PGR denunciou Bolsonaro por liderar uma suposta trama golpista em 2022, acusando-o de crimes como liderança de organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Contudo, Bolsonaro reiterou que sua prioridade é a anistia dos presos de 8 de janeiro, defendendo a libertação dos condenados.

Durante sua fala, Bolsonaro se colocou como pré-candidato às eleições de 2026, apesar de estar inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele reforçou que não tem obsessão pelo poder, mas sim paixão pelo Brasil.