Descubra por que Alexandre de Moraes desativou sua conta no X após uma multa de R$ 8 milhões e o que isso significa para a plataforma de Elon Musk.
Desativação da conta
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), desativou sua conta oficial no X, a rede social anteriormente conhecida como Twitter, na sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025. A decisão foi tomada pessoalmente por Moraes, que não utilizava a conta desde janeiro de 2024. O perfil, criado em 2017, permaneceu ativo até esta semana, mas sem novas publicações.
Multa imposta ao X
A desativação ocorre em um momento de tensão entre o ministro e a plataforma comandada por Elon Musk. Na quinta-feira, 20 de fevereiro, Moraes determinou uma nova multa de R$ 8 milhões ao X por descumprir ordens judiciais. A multa foi imposta devido à recusa da plataforma em fornecer dados sobre o blogueiro Allan dos Santos, conforme exigido em um inquérito aberto em julho de 2023 para investigar crimes cometidos por influenciadores bolsonaristas nas redes sociais.
Críticas à plataforma
A plataforma X tem sido alvo de críticas no Brasil por permitir a disseminação de desinformação e incentivar atos antidemocráticos. Em agosto de 2024, Moraes determinou o bloqueio da plataforma no país até que ela nomeasse um representante oficial e cumprisse as ordens judiciais. Após um mês de bloqueio, o X recuou e nomeou um representante, começando a atender parcialmente às decisões dos tribunais.
Conflitos com Elon Musk
A desativação da conta de Moraes coincide com um contexto de embates entre o ministro e Elon Musk. No ano passado, Musk chamou Moraes de “ditador” após o ministro incluí-lo em um inquérito sobre milícias digitais e determinar a abertura de uma investigação paralela sobre a conduta do empresário. Além disso, Moraes ordenou a remoção de contas ligadas à extrema direita e repletas de desinformação no X, sob pena de multa de R$ 100 mil para cada perfil reativado.
Ação judicial nos EUA
A semana também foi marcada por outro desafio para Moraes, que se tornou alvo de uma ação judicial nos Estados Unidos. As empresas Rumble e Trump Media, comandada por Donald Trump, processaram o ministro por supostamente infringir a Primeira Emenda da Constituição dos EUA ao determinar a remoção de contas de influenciadores de direita brasileiros.