O que é o Rumble, a rede social que Moraes mandou bloquear no Brasil
A plataforma que está dando o que falar é o Rumble, uma rede social de vídeos que se assemelha ao YouTube e se tornou bastante popular entre conservadores nos EUA a partir de 2021, especialmente após a invasão do Capitólio por apoiadores de Trump. Recentemente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o bloqueio do acesso à plataforma no Brasil, alegando que a mesma descumpriu reiteradamente ordens judiciais e não se submeteu ao ordenamento jurídico do país. Segundo Moraes, o Rumble estabeleceu um ambiente de “total impunidade” nas redes sociais brasileiras.
A situação tomou um rumo ainda mais conturbado quando, após um prazo estabelecido por Moraes para a empresa informar seu representante legal no Brasil, a plataforma apresentou uma ação nos Estados Unidos contra o ministro, alegando censura e solicitando que suas decisões judiciais não tivessem efeito legal no país. Essa briga na esfera judicial brasileira e internacional tem chamado a atenção da mídia e levantado questionamentos sobre liberdade de expressão e regulação de redes sociais.
O histórico do Rumble inclui episódios de bloqueio no Brasil anteriormente, o que gerou polêmicas e debates sobre liberdade de expressão na internet. A plataforma, fundada em 2013, tem como missão proteger uma internet livre e aberta, e se envolveu em diversas controvérsias ao longo dos anos. Recentemente, em 2025, voltou a funcionar no país, atraindo tanto conservadores quanto críticos de suas políticas de moderação de conteúdo.
Além disso, o Rumble tem negócios e parcerias com o grupo de comunicação de Trump, incluindo investimentos de figuras próximas ao ex-presidente, como o atual vice-presidente dos EUA, J.D. Vance. A relação da plataforma com Trump e seu círculo político tem gerado ainda mais discussões sobre os limites da liberdade de expressão e regulamentação de conteúdo em redes sociais. A empresa já esteve envolvida em casos delicados, como a recusa em atender solicitações do Parlamento britânico relacionadas a um de seus influenciadores.
Por fim, o Rumble tem sido associado a polêmicas relacionadas à pandemia e conteúdos impróprios divulgados em sua plataforma. Em um episódio de 2023, a plataforma negou-se a interromper a monetização do canal de um comediante acusado de agressões sexuais, o que gerou críticas e debates sobre responsabilidade de plataformas digitais. O contexto em que o Rumble se encontra atualmente reflete os desafios e dilemas enfrentados pelas redes sociais quando se trata de equilibrar liberdade de expressão e moderação de conteúdo em um cenário cada vez mais polarizado e controverso.