Saúde de Goiânia promove ações para prevenção das hepatites virais

Em comemoração ao Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, celebrado no sábado, 28, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) chama a atenção para os cuidados e a prevenção da doença. O teste rápido para diagnosticar os tipos B e C e as vacinas que protegem contra as hepatites A e B estão disponíveis em unidades espalhadas por todas as regiões da Capital.

Uma das principais medidas para prevenir as hepatites virais é o uso de preservativo em todas as relações sexuais, por isso a  Prefeitura também disponibiliza camisinhas em todas as unidades da rede de Saúde. Outras ações para se proteger contra a doença incluem não compartilhar objetos de uso pessoal, como alicate de unhas, por exemplo, e medidas de higiene durante o preparo de alimentos, como lavar bem aqueles que serão consumidos crus e cozinhar bem os demais, higienizar as mãos após ir ao banheiro e antes das refeições.

Dados do Ministério da Saúde revelam que em 19 anos o Brasil registrou 587.821 casos de hepatites virais. Somente em 2017, foram 40 mil novas notificações. O tipo C está no topo da lista, com 24.460 pessoas infectadas. Em seguida, vieram as hepatites B (13.482), A (2.086) e D (159). No ano passado em Goiânia, ainda de acordo com o Boletim Epidemiológico do órgão do Governo Federal, foram confirmados 120 casos de hepatite C, 75 do tipo B e três do A.

O gerente de Doenças e Agravos Transmissíveis da SMS, Leandro Nascimento, destaca que nos últimos anos se observa uma tendência na diminuição das notificações. “Apesar de ainda se registrar muitos casos, os números estão caindo e muito disso se deve às medidas de prevenção, diagnóstico e o acesso ao tratamento, em especial, da hepatite “‘, explica Leandro.

Vacinas e testes rápidos

Como forma de prevenção são disponibilizadas pela Prefeitura de Goiânia vacinas contra as hepatites do tipo A e B, encontradas em todas as salas de vacinação da Capital. Já para o tipo C não existe vacina, para este caso, o tratamento é realizado gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

A vacina para a hepatite A está disponível para crianças de 15 meses a cinco anos incompletos e pessoas de qualquer idade que apresentem condições clinicas especiais, como quem vive com HIV/Aids. Já a vacina do tipo B é aplicada em quatro doses nas crianças: ao nascer, dois, quatro e seis meses, enquanto adultos não vacinados ou com cartões incompletos podem tomar até três doses.

Para diagnosticar a doença a população conta com testes rápidos para os tipos B e C. “Uma gotinha de sangue e o resultado sai em poucos minutos”, explica o gerente da SMS.

Em Goiânia, os exames podem ser encontrados em diversas unidades, mas a referência é o Centro de Testagem e Aconselhamento do Centro de Referência em Diagnóstico e Terapêutica (CRDT), no setor Central. Os interessados também podem procurar os Cais Novo Mundo, Jardim Guanabara III, Chácara do Governador, Campinas e Cândida de Morais e o Ciams Novo Horizonte. Até junho de 2018 foram realizados cerca de 900 testes na Capital.

Doença 

Já os exames sorológicos que comprovam a doença também podem ser solicitados pelo médico durante a consulta. O sangue é coletado e encaminhado ao CRDT. Caso o exame seja positivo o paciente recebe orientações é encaminhado para tratamento em unidades especializadas.

Hepatite é a inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Em alguns casos, são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas. O SUS oferece tratamento gratuito para todos os cidadãos.

Classificadas por letras do alfabeto, as hepatites virais mais comuns no Brasil são as causadas pelos vírus do tipo A, B e C. Em muitos casos, não há nenhum sintoma e isso aumenta os riscos da infecção evoluir e se tornar crônica, causando danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer. Todos os casos da doença devem ser acompanhados por profissionais de saúde.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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