Na tarde deste sábado (22), uma jovem de 21 anos foi presa no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), em Betim, suspeita de tentar entrar com 1.007 micropontos de uma substância similar à droga sintética K4. A suspeita foi até o local acompanhar o companheiro, que está detido na unidade, e foi submetida ao exame de raio-x (bodyscan) antes de ingressar no presídio. Durante o procedimento, foram identificadas alterações suspeitas, o que levou a administração do Ceresp a permitir sua entrada, porém com a recomendação de que os inspetores observassem com mais atenção.
Após permanecer um longo período no banheiro assim que conseguiu entrar na unidade prisional, a suspeita chamou a atenção dos inspetores, que solicitaram uma nova inspeção. Ao retornar ao banheiro, a jovem jogou um objeto na lixeira, onde as agentes encontraram uma embalagem contendo os micropontos da substância que ela tentava levar para dentro do presídio. Submetida novamente ao exame de raio-x, desta vez sem alterações, a mulher assumiu que pretendia entregar a droga ao seu parceiro.
A criança que acompanhava a suspeita foi entregue à avó materna, que compareceu à unidade prisional e assumiu a responsabilidade pelo neto, assinando o termo de responsabilidade. O caso foi registrado e encaminhado para a Polícia Civil, com a droga apreendida sendo enviada para análise pericial. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e a Polícia Civil foram contatadas pela reportagem, que aguarda retorno sobre o caso.
Este tipo de ocorrência vem se tornando cada vez mais comum em diversas unidades prisionais, com visitantes tentando levar drogas sintéticas para os detentos. As autoridades têm intensificado os procedimentos de segurança para coibir essas práticas e garantir a integridade dos presos e o bom funcionamento dos presídios. O Diário do Estado continuará acompanhando o desenrolar deste caso e trará mais informações assim que disponíveis.
Não é a primeira vez que substâncias ilícitas são encontradas sendo levadas para presidiários, o que tem sido motivo de preocupação para as instituições responsáveis pela segurança dos estabelecimentos penais. A droga K4, em especial, tem se destacado como uma das substâncias mais comumente apreendidas em visitantes de detentos, levando as autoridades a redobrarem os cuidados e os protocolos de segurança para impedir a entrada dessas substâncias nas unidades prisionais. O crescimento desse tipo de crime tem exigido uma resposta eficaz e enérgica por parte das autoridades competentes.