O Hamas adiou a libertação de reféns israelenses, citando violações do cessar-fogo por Israel. A situação em Gaza se complica com danos ambientais e humanitários crescentes.
Anúncio do adiamento da libertação
O Hamas anunciou o adiamento da libertação de reféns israelenses, prevista para o próximo sábado, até novo aviso. A decisão foi tomada devido às alegadas violações do cessar-fogo por Israel. O porta-voz das Brigadas al-Qassam, Abu Ubaida, afirmou que a libertação depende do cumprimento das obrigações por parte de Israel.
Aumento da tensão na região
A tensão na região aumenta após mais de 15 meses de conflito, que resultou em milhares de mortes e grande destruição em Gaza. O cessar-fogo, estabelecido em janeiro, visava encerrar a guerra mais mortal entre Israel e o Hamas, iniciada em 7 de outubro de 2023. Nesse período, cerca de 1,2 mil pessoas morreram, e 250 foram sequestradas, entre israelenses e estrangeiros.
Expectativas sobre os reféns
Israel acredita que cerca de um terço dos quase 90 reféns restantes possam estar mortos. A troca de prisioneiros anterior resultou na libertação de 16 reféns israelenses, enquanto Israel libertou 183 palestinos. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, instruiu os militares a se prepararem para qualquer cenário possível em Gaza.
Reações políticas
O ex-ministro de segurança nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, defendeu um ataque maciço a Gaza como resposta ao adiamento. Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu “o inferno” caso os reféns não sejam liberados até meio-dia de sábado.
Danos ambientais em Gaza
A situação em Gaza também é marcada por graves danos ambientais. A guerra interrompeu o abastecimento de água e desativou estações de tratamento de esgoto, resultando no despejo de efluentes brutos sobre a terra e no Mediterrâneo. Mais de dois terços das terras agrícolas foram danificadas ou destruídas, e a região perdeu 80% de suas árvores.