Feminicídio no DF: Filha de 2 anos testemunha a morte da mãe

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Vô, meu pai matou minha mãe’, disse filha de 2 anos de vítima de feminicídio no DF

Géssica Moreira de Sousa, de 17 anos, morreu após levar um tiro na cabeça; ela estava grávida. O principal suspeito é Vandiel Prospero da Silva, que está foragido.

‘Vô, meu pai matou minha mãe’, disse filha de vítima de feminicídio no DF

Géssica Moreira de Sousa, de 17 anos, faleceu depois de ser atingida por um tiro na cabeça, na noite de sábado (22), em uma igreja na área rural de Planaltina, no Distrito Federal. O principal suspeito é o ex-companheiro da vítima, Vandiel Prospero da Silva, que está foragido.
O casal, que viveu junto por quatro anos e teve uma filha, viu a tragédia se desenrolar na frente da criança de 2 anos.

Segundo relatos, a filha do casal teria testemunhado o momento em que sua mãe foi baleada. A situação é ainda mais trágica ao saber que a criança pronunciou as palavras ‘Vô, meu pai matou minha mãe’, deixando todos atônitos.

O atual companheiro de Géssica, irmão do suspeito, confirmou que a vítima estava grávida de dois meses. Uma verdadeira tragédia que se abateu sobre a família.

Briga pela guarda
O relacionamento conturbado entre Géssica e Vandiel incluía disputas pela guarda da criança. Testemunhas relatam que Vandiel não permitia que a mãe visse a criança e, na manhã de sábado, a Polícia Militar foi chamada até a residência do suspeito após Géssica pedir ajuda para ter a filha de volta.

À noite, Vandiel foi até Planaltina buscar a filha, que estava na igreja com a mãe, conforme depoimento de Valdeir, pai do suspeito. O desfecho trágico não tardou a acontecer, culminando na morte de Géssica por um tiro na cabeça. A jovem chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.

O veículo utilizado por Vandiel na fuga foi encontrado pela polícia, embora ele ainda não tenha sido capturado até o momento desta reportagem. A busca pelo suspeito continua, enquanto a família e a comunidade tentam compreender tamanha crueldade.

Para denunciar casos de violência contra mulheres, existem diversas opções, como o número 180, o site da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, o aplicativo Direitos Humanos Brasil, o número 190 da Polícia Militar em caso de emergência, o registro em delegacias especializadas, além dos Centros de Referência da Mulher para apoio psicológico e orientação jurídica.

O cenário trágico do feminicídio de Géssica Moreira de Sousa choca e entristece a todos que tomam conhecimento do caso. É importante que a sociedade se una no combate à violência contra a mulher, promovendo a conscientização e a denúncia de situações de agressão e abuso. A memória de vítimas como Géssica deve servir de alerta para a urgência de mudanças e proteção às mulheres em todo o país.

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