Escândalo na Volkswagen faz policia alemã fazer buscas nas fábricas da Audi

Nesta quarta-feira (15) investigadores da Alemanha foram as duas maiores fábricas da Audi no país, atrás de um mecanismo que burla os testes de emissão de poluentes do veiculos. As investigações tem conexão com o escândalo da Volkswagen em 2015.

Em setembro daquele ano a Volkswagen, controladora da Audi, admitiu que até 11 milhões de seus veículos em todo o mundo possuíam um software que burlava os testes de emissão de poluentes, desencadeando a maior crise de sua história.

Foram as primeiras buscas na Audi desde que o escândalo da fabriacnte de carros alemã surgiu. Os investigadores se concentraram no uso de qualquer software ilícito nos 80 mil carros VW, Audi e Porsche com motores 3.0, os quais se descobriu ultrapassarem os limites de emissões nos Estados Unidos.

A Volkswagen já concordou em pagar mais de US$ 1 bilhão para consertar ou recomprar os 80 mil automóveis, parte de um acordo geral firmado nos EUA que deve custar até US$ 17,5 bilhões ao grupo.

“Com estas ordens de busca, pretendemos esclarecer em particular quem esteve envolvido no uso da tecnologia em questão e no fornecimento de informações falsas a terceiras partes”, disse a Procuradoria de Munique em um comunicado nesta quarta-feira, sem identificar qualquer suspeito.

A Procuradoria informou que as operações envolveram várias jurisdições e a polícia estadual do Estados da Baviera, Baden-Wuerttemberg e Baixa Saxônia.

A ação policial coincidiu com uma coletiva de imprensa anual, na qual o diretor-executivo Rupert Stadler apresenta os resultados financeiros de 2016 da Audi.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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