Nesta quarta-feira (15) investigadores da Alemanha foram as duas maiores fábricas da Audi no país, atrás de um mecanismo que burla os testes de emissão de poluentes do veiculos. As investigações tem conexão com o escândalo da Volkswagen em 2015.
Em setembro daquele ano a Volkswagen, controladora da Audi, admitiu que até 11 milhões de seus veículos em todo o mundo possuíam um software que burlava os testes de emissão de poluentes, desencadeando a maior crise de sua história.
Foram as primeiras buscas na Audi desde que o escândalo da fabriacnte de carros alemã surgiu. Os investigadores se concentraram no uso de qualquer software ilícito nos 80 mil carros VW, Audi e Porsche com motores 3.0, os quais se descobriu ultrapassarem os limites de emissões nos Estados Unidos.
A Volkswagen já concordou em pagar mais de US$ 1 bilhão para consertar ou recomprar os 80 mil automóveis, parte de um acordo geral firmado nos EUA que deve custar até US$ 17,5 bilhões ao grupo.
“Com estas ordens de busca, pretendemos esclarecer em particular quem esteve envolvido no uso da tecnologia em questão e no fornecimento de informações falsas a terceiras partes”, disse a Procuradoria de Munique em um comunicado nesta quarta-feira, sem identificar qualquer suspeito.
A Procuradoria informou que as operações envolveram várias jurisdições e a polícia estadual do Estados da Baviera, Baden-Wuerttemberg e Baixa Saxônia.
A ação policial coincidiu com uma coletiva de imprensa anual, na qual o diretor-executivo Rupert Stadler apresenta os resultados financeiros de 2016 da Audi.