O Diário do Estado acompanha de perto a investigação do Ministério Público sobre a denúncia de erro médico que deixou a engenheira Letícia de Sousa Patrus Pena, de 31 anos, em coma desde setembro de 2024. Letícia, que sofria de dores crônicas na coluna, fez um bloqueio anestésico na casa de uma amiga de infância, que é médica anestesista. Após o procedimento, a paciente teve complicações e acabou entrando em coma, levando a família a protocolar uma queixa-crime por erro médico.
A família de Letícia relatou que o procedimento foi realizado em um local totalmente inadequado, na residência da médica anestesista. Além disso, destacaram que a falta de socorro adequado contribuiu para a gravidade da situação. Após a reação adversa ao bloqueio anestésico, a médica não acionou o Samu, optando por levar a paciente por conta própria ao hospital, onde Letícia teve uma parada cardiorrespiratória.
Letícia foi inicialmente internada no Hospital Materdei de Nova Lima, sendo posteriormente transferida para o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Após dois meses, retornou ao Materdei da Avenida do Contorno, em Belo Horizonte. Os exames realizados apontaram graves lesões neurológicas, decorrentes do período em que esteve em parada cardíaca.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM-MG) informou que todas as denúncias sobre o caso estão sendo apuradas, seguindo o sigilo previsto no Código de Processo Ético-Profissional. O CRM-MG também está investigando o ocorrido. A equipe do Diário do Estado entrou em contato com a médica anestesista para obter seu posicionamento e aguarda retorno.
Diante da gravidade do caso e das circunstâncias que envolvem o episódio, é fundamental que a investigação do Ministério Público esclareça todos os detalhes e responsabilidades em relação ao erro médico que resultou no estado em que Letícia se encontra. O caso serve como alerta para a importância de procedimentos médicos adequados e da necessidade de prestação de socorro imediato em situações de emergência. O Diário do Estado continuará acompanhando o desenrolar das investigações e fornecendo atualizações sobre o caso.
