O parlamentar britânico foi condenado a 10 semanas de prisão por agressão a um eleitor, podendo ser expulso tanto do Parlamento quanto de um teste eleitoral de seu partido. Mike Amesbury, representante de Runcorn e Helsby, no noroeste da Inglaterra, foi suspenso pelo Partido Trabalhista após ser flagrado por câmeras de segurança agredindo um homem, com socos repetidos enquanto este estava no chão. Inicialmente, o político declarou ter se sentido ameaçado.
Na Corte de Magistrados de Chester, a promotora Alison Storey revelou que um cidadão se aproximou de Amesbury em uma fila de táxi durante a madrugada de 26 de outubro para reclamar sobre o fechamento de uma ponte local. O parlamentar então derrubou o homem, desferindo vários socos enquanto ele estava caído. Em seguida, dirigiu-se à vítima dizendo: “Você não vai ameaçar seu parlamentar novamente, vai?”.
O advogado Richard Derby, em defesa de Amesbury, argumentou que o político estava arrependido e havia se desculpado, sugerindo que uma pena de trabalho não remunerado seria mais adequada. No entanto, o juiz Tan Ikram considerou o comportamento do parlamentar como muito sério, sentenciando 10 semanas de prisão por agressão comum. O político, que admitiu a culpa no mês anterior, cumprirá 40% da sentença atrás das grades.
Além da condenação, Mike Amesbury corre o risco de ser destituído do cargo caso uma petição para uma nova eleição seja apoiada por um número suficiente de eleitores, pressionando o partido Trabalhista, liderado pelo primeiro-ministro Keir Starmer. Amesbury obteve sua cadeira nas eleições nacionais de julho em uma vitória histórica para o partido.
A repercussão do caso estende-se além das fronteiras, com a União Europeia e o Reino Unido anunciando novas sanções contra a Rússia. A condenação do parlamentar britânico evidencia a seriedade das consequências para políticos que se envolvem em condutas violentas, independentemente do contexto. A atuação das autoridades judiciais e do partido Trabalhista frente ao caso de Mike Amesbury reflete a necessidade de responsabilização e transparência no exercício do poder político. A condenação serve como um lembrete do compromisso com a integridade e a ética no cenário político, visando preservar a confiança e o respeito da população.