Reunião da CCJ da Alep termina em confusão com bate-boca e empurrão

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Bate boca, troca de ofensas e empurrão: reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Alep termina em confusão nesta segunda-feira

Durante a reunião, uma mulher que acompanhava a sessão foi encaminhada para a delegacia pelo Gabinete Militar da Alep, por suspeita de injúria racial. Ela foi presa em flagrante e será encaminhada para a cadeia pública.

Sessão da CCJ teve bate-boca, troca de ofensas e empurrão

Sessão da CCJ teve bate-boca, troca de ofensas e empurrão

A reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) desta segunda-feira (24) terminou em confusão. Conforme informações apuradas pela RPC, houve bate boca, troca de ofensas e empurrão. Assista acima.

A reunião discutia o projeto de lei que fixa o número do efetivo da Polícia Militar do Paraná. Além disso, essa sessão é considerada uma das mais importantes da assembleia, onde os parlamentares analisam se os projetos de lei apresentados do legislativo respeitam a constituição.

Na ocasião, o deputado Renato Freitas (PT), tinha um voto separado a apresentar, pois tinha solicitado vista, mas antes pediu para se manifestar sobre outro assunto e criticou a postura de um assessor que acompanhava a sessão.

O assessor é Kenny Bryan, que trabalha no gabinete do deputado Marcio Pacheco (PP). O parlamentar reagiu e saiu em defesa do servidor, dizendo que Freitas não mandava na comissão. Em seguida, o bate boca começou.

Logo depois, o deputado Ademar Traiano, presidente da CCJ, teve que intervir na discussão. Após a discussão encerrar, o projeto voltou a ser discutido.

Segundo apurado pela RPC, essa não é a primeira vez que Freitas e Traiano de desentendem durante uma sessão. Um caso parecido ocorreu no dia 9 de outubro de 2023.

DEPOIS DA SESSÃO, TEVE MAIS DISCUSSÃO NOS CORREDORES DA ALEP

Depois que a reunião da CCJ terminou, a confusão continuou nos corredores da Alep. Imagens que circulam nas redes sociais mostram uma discussão entre Freitas e o assessor de Pacheco. No vídeo, o parlamentar aparece empurrando o servidor.

Não há imagens do que aconteceu antes e depois do empurrão. Depois da confusão, os deputados participaram normalmente da sessão na Assembleia.

Em nota, o deputado Marcio Pacheco disse que a postura de Renato Freitas foi uma “agressão a Casa, ao parlamento, aos deputados e aos servidores e que não condiz com a atitude de um parlamentar”.

Freitas também se manifestou dizendo que foi interrompido por alguns parlamentares durante a sessão da CCJ, para “apressar o voto”. Disse também que o assessor de Pacheco, em postura de deboche, começou a gesticular e dar risada, na tentativa de ridicularizar as criticas do parlamentar.

O deputado ainda afirmou que Traiano ignorou a postura de Pacheco e do assessor, que as provocações continuaram do lado de fora e quando o servidor chegou perto, reagiu o empurrando.

O assessor Kenny Brayan, informou que respeita o trabalho de todos e que sempre teve uma postura profissional ética e equilibrada. Ele também afirmou que se sentiu humilhado e ofendido e que confia nas autoridades competentes para que a justiça seja feita.

Em nota, Ademar Traiano avaliou o ocorrido como “fatos lastimáveis” e reafirmou o compromisso com o cumprimento do regimento interno e com a transparência.

“Reitero que todas as medidas necessárias serão tomadas para que as sessões da Comissão ocorram de maneira ágil e coerente. Reitero que a CCJ é uma etapa de extrema importância para o processo legislativo e deve ser tratada com devido respeito e seriedade. Qualquer intenção de atrasar ou causar prejuízos à pauta será combatida regimentalmente.”, disse em nota.

DEPOIS DA SESSÃO, TEVE MAIS DISCUSSÃO NOS CORREDORES DA ALEP

Depois que a reunião da CCJ terminou, a confusão continuou nos corredores da Alep. Imagens que circulam nas redes sociais mostram uma discussão entre Freitas e o assessor de Pacheco. No vídeo, o parlamentar aparece empurrando o servidor.

Não há imagens do que aconteceu antes e depois do empurrão. Depois da confusão, os deputados participaram normalmente da sessão na Assembleia.

A Alep também se posicionou dizendo que se algum parlamentar entender que as manifestações ultrapassaram o limite do decoro, podem entrar com uma representação junto ao Conselho de Ética.

A Assembleia também reafirmou o compromisso com a liberdade de expressão e o amplo debate de ideais e reforçou que conta com mecanismos regimentais para coibir excessos e responsabilizar eventuais quebras de decoro.

MULHER QUE ACOMPANHAVA A SESSÃO FOI LEVADA A DELEGACIA POR SUSPEITA DE INJÚRIA RACIAL

Durante a sessão, uma mulher foi levada pelo Gabinete Militar da Alep para a delegacia por suspeita de cometer injúria racial.

De acordo com o boletim de ocorrência, a suspeita estava acompanhando a sessão como visitante e ofendeu o assessor Kenny Brayan e outras pessoas, afirmando que elas estavam “rindo igual macacos” e dizendo que “macaco também ri”. Conforme o documento, uma assessora parlamentar que é negra se sentiu ofendida.

A mulher foi presa em flagrante e deverá ser encaminhada para a cadeia pública nesta terça-feira (25), onde passará por uma audiência de custódia.

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