PCC: fintechs em lavagem

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A PF e o Gaeco desmantelam esquema de lavagem de dinheiro do PCC, prendendo policial civil e alvos de fintechs. O esquema movimentou R$ 30 milhões.

Operação contra o PCC

Na manhã de 25 de fevereiro de 2025, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Federal (PF) realizaram uma operação contra a lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) por meio de duas fintechs. A ação resultou na prisão de um policial civil, Cyllas Elia Junior, que já estava afastado de suas funções desde dezembro de 2022. Ele é CEO da 2GO Bank, uma das fintechs investigadas, e havia sido preso anteriormente por envolvimento em lavagem de dinheiro para criminosos chineses.

Desdobramentos da investigação

A operação é um desdobramento da delação de Vinicius Gritzbach, delator do PCC assassinado no final do ano passado. Segundo as investigações, as fintechs 2GO Bank e InvBank foram usadas para ocultar a origem ilícita de valores obtidos com tráfico de drogas e outras atividades criminosas. O esquema envolvia a compra de imóveis para dar aparência de legalidade ao dinheiro, movimentando cerca de R$ 30 milhões.

Funcionamento do esquema

Os investigadores descobriram que as fintechs recebiam grandes volumes de dinheiro em espécie e realocavam os valores para contas de “laranjas”, mantendo o controle dos recursos sem levantar suspeitas. Além da prisão de Elia Junior, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas sedes das fintechs e em endereços de seis pessoas ligadas à gestão e funcionamento das empresas. A Justiça determinou o sequestro e bloqueio de bens dos envolvidos e a suspensão das atividades das fintechs.

Objetivos da operação

A operação visa não apenas desarticular o esquema de lavagem de dinheiro, mas também atingir a estrutura financeira do PCC. A delação de Gritzbach foi crucial para identificar e agir contra os mecanismos financeiros da facção.

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