Crise no plano safra

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A suspensão do Plano Safra gerou crise entre Lula e o agronegócio. O governo recuou após pressão, anunciando R$ 4 bilhões em créditos extraordinários. A medida visa evitar impactos na produção e nos preços dos alimentos.

A suspensão do Plano Safra

A suspensão temporária do Plano Safra, anunciada pelo governo, desencadeou um novo embate entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o setor agropecuário. A medida foi justificada pela alta da taxa básica de juros, que elevou o custo de equalização dos empréstimos. No entanto, a decisão foi fortemente criticada pela Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA), que acusou o governo de falta de responsabilidade fiscal.

Linhas de crédito e apoio ao produtor

O Plano Safra oferece linhas de crédito com taxas de juros subsidiadas, além de incentivos fiscais e programas de apoio para produtores rurais. Para a safra 2024/2025, o programa prevê R$ 400 bilhões para médios e grandes produtores e R$ 85,7 bilhões para a agricultura familiar. A suspensão dos empréstimos foi vista como uma tentativa do governo de pressionar o Congresso a aprovar o Orçamento de 2025, que ainda não foi votado.

Medida Provisória e respostas do governo

Diante das críticas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo iria editar uma Medida Provisória (MP) para garantir R$ 4 bilhões em créditos extraordinários, visando retomar as operações do Plano Safra. “O presidente pediu uma solução imediata para o problema. Nós estamos editando uma MP abrindo crédito extraordinário para atender às linhas de crédito do Plano Safra”, afirmou Haddad.

Críticas e preocupações no setor

A FPA criticou a gestão do governo, argumentando que a falta de planejamento fiscal está prejudicando os produtores rurais. “Culpar o Congresso Nacional pela própria incapacidade de gestão dos gastos públicos não resolverá o problema”, destacou a frente. A suspensão do Plano Safra também gerou preocupações sobre o impacto nos preços dos alimentos, que já estão em alta.

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