Dólar sobe com dados de inflação no Brasil e esforço por fim da guerra
Na véspera, o dólar encerrou a sessão em alta de 0,43%, a R$ 5,75. Investidores repercutem dados da “prévia” da inflação e guerra na Ucrânia
O dólar DE operava em alta na manhã desta terça-feira (25/2), em um dia no qual o mercado financeiro está atento ao noticiário econômico tanto no Brasil quanto no exterior.
Às 9h11, a moeda dos Estados Unidos avançava 0,62% e era negociada a R$ 5,792. Na véspera, o dólar encerrou a sessão em alta de 0,43%, cotado a R$ 5,75. Com o resultado, a moeda norte-americana acumula perdas de 1,4% no mês e de 6,87% no ano.
“PRÉVIA” DA INFLAÇÃO NO BRASIL
Nesta terça-feira, os investidores repercutem dados preliminares de inflação no Brasil.
Nesta manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado de fevereiro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (o IPCA-15, considerado a “prévia” da inflação oficial do país).
Em fevereiro, o IPCA-15 ficou em 1,23% e em 4,96%, no acumulado de 12 meses – acima do limite do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e perseguida pelo Banco Central (BC).
De acordo com o CMN, a meta de inflação para este ano é de 3%. Como há intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%.
Segundo a edição mais recente do Relatório Focus, do BC, divulgada na última segunda-feira (24/2), o mercado financeiro projeta que a inflação no Brasil em 2025 fique em 5,65% na comparação anual – acima da meta, portanto.
O resultado do IPCA-15 veio abaixo das projeções do mercado, que eram de 1,34% (mensal) e 5,09% (anual), mas bem acima do mês passado. Em janeiro, a prévia da inflação foi de 0,11% (mensal) e 4,5% (anual).
GUERRA NA UCRÂNIA
No cenário externo, os investidores acompanham os desdobramentos das negociações por um cessar-fogo na guerra entre Rússia e Ucrânia, que já dura 3 anos.
As atenções dos investidores nos últimos dias estão voltadas à participação do presidente dos EUA, Donald Trump, nas conversas por um possível acordo de paz.
Trump declarou não ver problemas no envio de uma força de paz europeia ao território ucraniano. A medida foi anunciada na segunda-feira, em meio a uma nova estratégia para garantir estabilidade na região, com foco em assegurar a paz e evitar novas escaladas do conflito.