A PF e o Gaeco realizam operação contra fintechs ligadas ao PCC, prendendo o CEO da 2GO Bank. A ação combate lavagem de dinheiro e envolve valores bilionários.
Operação Hydra e a Prisão do CEO
Na manhã de 25 de fevereiro de 2025, a Polícia Federal (PF) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagraram a Operação Hydra, visando combater a lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) por meio de fintechs. A ação resultou na prisão preventiva de Cyllas Salerno Elia Júnior, policial civil e CEO da 2GO Bank, uma das fintechs envolvidas. Além disso, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em endereços nas cidades de São Paulo, Santo André e São Bernardo do Campo.
Denúncias que Levam à Investigação
A investigação teve início após as declarações do delator Antônio Vinicius Gritzbach, assassinado em novembro de 2024 no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Gritzbach revelou que o PCC utilizava fintechs para ocultar recursos ilícitos provenientes de atividades criminosas, como tráfico de drogas. As fintechs 2GO Bank e InvBank ofereciam serviços financeiros alternativos, movimentando valores ilegais por meio de complexos mecanismos financeiros para esconder os verdadeiros beneficiários.
Ação da Justiça e Bloqueio de Contas
A Justiça determinou o bloqueio de valores em oito contas bancárias e a suspensão temporária das atividades econômicas das instituições de pagamento envolvidas. A operação é parte de um esforço contínuo para desarticular esquemas de lavagem de dinheiro por meio de instituições financeiras digitais.