Daniel Vilela: “Governo não consegue sequer admitir as dificuldades vividas pelos goianos”

 “Perderam a vontade e a capacidade de apresentar soluções”, afirma Daniel.

O pré-candidato a governador, Daniel Vilela (MDB), afirmou que o governo de Goiás tem uma visão míope da realidade do Estado e não consegue sequer admitir os problemas que afligem os goianos, como é o caso do crescimento da criminalidade, a crise hídrica e as alíquotas de impostos mais altas do País. “Temos hoje um governo distante da população e que não consegue sequer admitir os problemas enfrentados pelos goianos. Muito menos apresentar soluções que possam pelo menos amenizar as dificuldades em áreas sensíveis para a população”, afirmou em entrevista a imprensa.

Daniel afirmou que a solução deste quadro é um governo mais focado na gestão. “Precisamos de menos política e mais gestão. Investir em recursos humanos qualificados e em tecnologia para oferecer serviços públicos de qualidade”, afirmou Daniel.

O pré-candidato lembrou que Goiás conta com alguns dos mais altos tributos do País nos combustíveis, da água e o ICMS cobrado das empresas optantes pelo Simples, e que o governo, ao invés de focar na eficiência, tem adotado a prática de fazer reajustes para enfrentar os problemas de caixa. “Goiás se tornou uma referência negativa em carga tributária. Para mudar isso, temos que ter uma política de rigor fiscal, elegendo prioridades para gastar somente com o que é necessário e acabar com esses gastos excessivos para a manutenção do poder.”

Questionado sobre os demais pré-candidatos, Daniel foi enfático em dizer que representam “mais do mesmo” e lembrou que o governador José Eliton e o senador Ronaldo Caiado eram aliados próximos, filiados ao mesmo partido até pouco tempo atrás. “José Eliton se tornou vice de Marconi por indicação direta do senador Caiado. São pessoas que representam as mesmas práticas políticas que os goianos querem mudar.” Vilela afirmou ainda que os adversários têm se esquivado de apresentar propostas concretas para resolver os problemas emergenciais e focam somente num discurso repleto de generalidades.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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