A direita radical na Alemanha alcançou seu melhor resultado eleitoral desde a Segunda Guerra Mundial. O AfD se tornou a segunda força política, impulsionado por jovens e medo da imigração.
A eleição e a ascensão da AfD
A eleição na Alemanha, realizada no domingo, 23 de fevereiro de 2025, marcou um avanço sem precedentes da direita radical no país. O partido Alternativa para a Alemanha (AfD), liderado por Alice Weidel, se posicionou como a segunda força política, deixando o cenário político europeu em alerta. A Alemanha, conhecida como o motor econômico da Europa, viu a AfD conquistar um número significativo de votos, especialmente entre os jovens.
Percepção da AfD e a resposta da CDU
O serviço de inteligência interno da Alemanha descreveu o AfD como “anticonstitucional”, com adversários rotulados como “radicais”, “racistas” e “antidemocráticos”. No entanto, Friedrich Merz, líder conservador da CDU, descartou a possibilidade de formar um governo com a AfD. A ascensão da direita radical na Alemanha não é um fenômeno isolado; partidos como o Reunião Nacional de Marine Le Pen, na França, e os Irmãos da Itália, liderados por Giorgia Meloni, também têm ganhado força.
Razões para o sucesso da AfD
Existem várias razões para o sucesso da AfD. Primeiramente, os jovens alemães, especialmente os homens, têm mostrado um apoio crescente aos partidos de direita radical. Um estudo do Pew Research Center em 2024 revelou que 26% dos homens alemães tinham opiniões positivas sobre a AfD, em comparação com 11% das mulheres. Além disso, a reação ao discurso de esquerda sobre questões como o feminismo e a igualdade de gênero também contribuiu para o apoio à direita radical. O medo da imigração, relacionado a ataques envolvendo requerentes de asilo, foi outro fator crucial.
Crescimento da esquerda radical
A esquerda radical, representada pelo partido Die Linke, também viu um crescimento significativo, especialmente entre os jovens, com 25% dos votos na faixa etária de 18 a 24 anos. No entanto, a polarização política na Alemanha é evidente, com os jovens divididos entre a direita radical e a esquerda.
