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Neste recente episódio polêmico que chocou o Rio de Janeiro, o policial militar reformado Carlos Alberto de Jesus mudou sua versão sobre os disparos que atingiram o universitário Igor Melo de Carvalho, nas costas. Em seu primeiro depoimento à 21ª DP, Carlos afirmou que atirou após perceber que o jovem estava armado. No entanto, em uma reviravolta, ele alterou sua versão durante um depoimento posterior, alegando que os disparos foram feitos devido a movimentos suspeitos que Igor fazia na moto em que estava. Essa mudança de narrativa trouxe ainda mais controvérsias ao caso.
Além da versão de Carlos, sua esposa, Josilene da Silva Souza, também prestou depoimento e apresentou contradições. Inicialmente, ela relatou apenas o assalto que sofreu de dois homens armados em uma moto. Porém, em seu segundo depoimento, Josilene detalhou que o casal estava em uma discussão acalorada no dia do incidente e que, após descer do carro de Carlos, foi abordada pelos assaltantes. Ela descreveu Igor, o garupa da moto, como estando armado e roubando seu celular, o que teria desencadeado toda a situação.
Após o assalto, a esposa de Carlos foi socorrida por um motorista de aplicativo que presenciou o crime e a levou até o marido. O ex-PM decidiu iniciar uma busca pelos suspeitos e acabou se deparando com a motocicleta. O policial ordenou que os assaltantes parassem, porém, ao tentarem fugir, ele acabou disparando contra eles. Thiago, identificado como o piloto da moto, foi detido, enquanto Igor foi baleado e está internado em estado grave, perdendo um rim devido aos ferimentos.
A advogada de Thiago classificou a ação do policial como racista, argumentando que não havia características que os identificassem e que a prisão do motociclista foi considerada ilegal. O caso segue sob investigação, com o Secretário de Segurança do Rio, Victor Cesar Carvalho dos Santos, ressaltando que é preciso agir em casos de identificação de crimes, mas que é necessário aguardar o desenrolar das investigações antes de emitir qualquer juízo de valor.
É fundamental que casos como esse sejam conduzidos de forma transparente e justa, visando a verdade e a justiça para todos os envolvidos. A população espera respostas claras e medidas adequadas para evitar que situações dessa natureza se repitam no futuro. A sociedade clama por segurança, respeito e igualdade perante a lei, independentemente de raça, cor ou condição social. É preciso garantir a integridade e a dignidade de todos os cidadãos, combatendo atitudes discriminatórias e injustas.