A Associação Brasileira de Economistas pela Democracia (ABED) emitiu um comunicado nesta terça-feira (25) expressando total descontentamento em relação à decisão da Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) de premiar Javier Milei como Economista do Ano. Segundo a ABED, a escolha de Milei legitima um projeto destrutivo e prejudicial para a América Latina, mencionando inclusive a forma como o ultraliberalismo tem comprometido a região. Para a associação, a decisão da OEB de premiar Milei é um reflexo preocupante do avanço de ideias ultradireitistas e extremistas na área econômica. A ABED ressaltou a importância de promover debates e ações que visem a construção de uma economia mais justa e equilibrada, indo na contramão das propostas ultraliberais que têm ganhado espaço na região. Além disso, a associação destacou a incoerência de premiar um economista que representa uma ideologia que não condiz com os princípios democráticos e igualitários que deveriam nortear a atuação dos profissionais da área. A ABED reforçou a necessidade de resistir a propostas que visam a fragilização das instituições democraticamente estabelecidas, alertando para os riscos que o avanço de ideias extremistas pode representar para a estabilidade e o desenvolvimento da região. Diante da decisão da OEB, a associação reiterou seu compromisso com uma visão mais inclusiva e sustentável da economia, rejeitando práticas e discursos que coloquem em risco os avanços democráticos e sociais conquistados ao longo dos anos. A ABED concluiu sua nota reafirmando seu comprometimento com a defesa da democracia e da igualdade, convidando os economistas a se unirem em prol de uma atuação responsável e comprometida com o bem-estar de toda a população.