Exercícios navais chineses no Mar da Tasmânia forçam Austrália a desviar voos
A demonstração de poder de fogo entre Austrália e Nova Zelândia gerou alarme em ambos os países, devido aos exercícios navais recentes da China perto da costa australiana. Conforme relatado pelas autoridades locais, dezenas de voos foram desviados na segunda-feira (24) devido às manobras militares em curso no Mar da Tasmânia, observadas por um piloto de avião comercial que alertou sobre as atividades hostis na região.
A ousada demonstração de força da Marinha do Exército de Libertação Popular (PLA) deixou a Austrália e Nova Zelândia em estado de alerta nos últimos dias. A questão central que se destaca é a falta de aviso prévio do governo chinês em relação aos exercícios militares, evidenciando um potencial aumento das tensões na região.
Os pilotos comerciais tiveram que informar as autoridades de aviação australianas sobre as atividades chinesas, resultando em um alerta de perigo emitido pelo controle de tráfego aéreo. Como resposta, cerca de 49 aeronaves precisaram ajustar suas rotas para evitar a presença dos navios de guerra chineses durante os exercícios navais no Mar da Tasmânia.
Os governos da Austrália e Nova Zelândia expressaram preocupação com a falta de um Aviso aos Aviadores (NOTAM) por parte da China, o que poderia ter minimizado os impactos dos exercícios militares na região. As autoridades chinesas afirmaram que os exercícios estavam em conformidade com o direito internacional, rejeitando as acusações de que as manobras representaram um risco para a segurança aérea.
Especialistas navais destacaram a importância de comunicação prévia para evitar situações de risco, ressaltando que os navios chineses não violaram as leis internacionais ao conduzirem os exercícios no alto mar. No entanto, a proximidade das rotas de voo comercial levantou questões sobre as práticas de segurança empregadas durante os treinamentos militares, sendo considerado um ponto sensível para discussões internacionais.
As reações dos líderes australianos e neozelandeses às manobras territoriais chinesas refletem a necessidade de maior transparência e cooperação entre as nações para manter a segurança e estabilidade na região. Embora os exercícios não tenham infringido leis, o modo como foram conduzidos gerou controvérsias que precisam ser endereçadas diplomaticamente para evitar mal-entendidos futuros e promover relações saudáveis entre os países envolvidos.