Peça Hermaflordita estreia hoje (15) no Centro Cultural UFG

Estreia hoje, no Centro Cultural UFG, a pela Hermaflordita, drama que narra as aventuras de uma garota jovem em busca de sua filha e da própria identidade. O espetáculo tem texto do dramaturgo Almir de Amorim e é dirigido por Luzia Mello. No elenco estão Adryele Muriel, Tiago Rener, Carol Feitoza, Eduardo Babugem, Izabela Grazielle e Yanke Amorim.

Segundo assessores do espetáculo, o título Hermaflordita é uma licença poética para o termo hermafrodita, já que se trata de uma jovem que, por sua aparência, é confundida com um rapaz.

O espetáculo teatral tem uma linguagem contemporânea que usa recursos diversos aplicados livremente à cena teatral. A diretora Luiza Mello diz que vai do sacro ao profano, numa concepção contundente e apaixonada. “Chego a dizer que fui abduzida pelo texto. Dedico-me com uma entrega ímpar, trabalho com um elenco e uma equipe técnica de capacidade indiscutível. Não me atenho a uma estética embasada em nomes dos grandes célebres da teoria das artes cênicas ou filosofias de arte. Vejo, porém, algumas aproximações com propostas de excelentes artistas e pensadores que têm regido o caminho do teatro”, explica a diretora.

Para a atriz Adryele Muriel, Hermaflordita é um projeto ousado e irreverente. “Estar nele é uma constante superação. A entrega de toda a equipe é uma experiência única”, diz ela. O ator Tiago Rener se diz lisonjeado por estar no elenco. “Primeiramente, em respeito a Almir de Amorim, com sua pegada arrojada em descrever personagens fortes e bastante viscerais. Também pela direção de Luzia Mello, que sempre surpreende com sua facilidade de levar as cenas com dramaticidade e acidez como o dramaturgo descreve”, define Tiago.

Enredo

Leia é a personagem principal. Uma jovem que foi presa, ainda menor de idade e por engano, em um presídio masculino por ter sido confundida ao parecer-se com um rapaz. Dentro do presídio, ela engravida, o que pareceu estranho aos olhos de todos que a tinham como rapaz. Leia tem perfil incisivo de quem cresceu em um ambiente vulnerável, com muitas ações anteriores que a comprometiam e a faziam se parecer com um rapaz perigoso. Ela viveu intensamente seus poucos anos de existência.

Leia é retirada desse convívio e tem sua filha arrebatada por uma irmandade secreta de outro país. Ela só sabe que a irmandade consta ser uma ordem religiosa. Passa a viver na casa de uma ex-funcionária que nunca é vista. Para se manter, paga seus estudos como garota de programa de forma reservada. Mas decide ir ao exterior, em busca de sua filha.
Há um coro que a tem como uma espécie de maldição e a atormenta o tempo todo. O coro é formado por cinco atores que se revezam entre personagens diversos e passeiam pelo universo de Leia, com o uso de elementos circenses, da cultura popular, da dança e do lamento de seres que alegram e atormentam seu destino prescrito.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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