do Corpo de Bombeiros do RJ, as vítimas do incêndio na fábrica de fantasias Maximus Confecções estão recebendo alta após 13 dias de internação. Outras duas pessoas ainda estão hospitalizadas, porém com um quadro de saúde estável. O incidente ocorreu em 12 de fevereiro e resultou em 21 pessoas resgatadas, sendo 18 feridas e encaminhadas para diferentes hospitais. Infelizmente, uma das vítimas, Rodrigo de Oliveira, não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no HEGV em 16 de fevereiro.
Os pacientes, que precisaram enfrentar um momento crítico na UTI devido à intoxicação por fumaça tóxica, finalmente puderam deixar o hospital e seguir em direção à recuperação. Kitimá Rege, de 48 anos, uma das sobreviventes, descreveu a alta como um verdadeiro “renascimento”, atribuindo sua força e superação ao amor pela sua neta de 3 anos. Luciana de Medeiros Oliveira, outra paciente, também comemorou sua alta, mesmo tendo sofrido uma fratura na perna ao pular do terceiro andar da fábrica para escapar das chamas.
A broncoscopia realizada na UTI foi fundamental para limpar as vias respiratórias das vítimas, removendo as secreções acumuladas nos pulmões devido à inalação da fumaça tóxica. O procedimento acelerou a recuperação dos pacientes, possibilitando que eles deixassem o hospital para voltar ao convívio de suas famílias. A equipe médica do HEGV, liderada pelo diretor Paulo Ricardo Costa, destacou a importância da broncoscopia no processo de recuperação das vítimas.
O incêndio na fábrica impactou diretamente a produção de fantasias para o carnaval de 2025 de escolas do grupo de acesso, como Império Serrano e Unidos da Ponte. Todas as fantasias que estavam sendo confeccionadas no local foram perdidas, conforme informado pelo presidente da Liga RJ, Hugo Júnior. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, classificou a cena como “assustadora”, enquanto o Ministério Público do Trabalho no RJ abriu uma investigação preliminar sobre as condições de trabalho na fábrica.
As causas do incêndio ainda estão sendo investigadas, sendo que a polícia busca determinar se havia “gatos” de energia no local. O Corpo de Bombeiros revelou que a fábrica estava operando de forma irregular, o que pode ter contribuído para a gravidade da situação. Enquanto as autoridades continuam analisando os fatos, as vítimas lutam para se recuperar dos traumas físicos e emocionais causados pela tragédia, contando com o apoio de suas famílias e da comunidade local.