Investigação policial apura viagem de delegados ligada ao PCC em Las Vegas

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A Polícia está investigando a viagem de delegados para Las Vegas, que teria sido paga por uma fintech ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Três delegados de 1ª Classe e um investigador da Polícia Civil estão sob investigação pela Corregedoria da instituição por participarem de um seminário de cibersegurança nos Estados Unidos.

A apuração foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), que informou que a investigação teve início após a prisão de um policial civil ligado ao caso. O policial, fundador e CEO da empresa 2GO Bank, teria movimentado cerca de R$ 6 bilhões em transações financeiras suspeitas.

Em relação aos delegados e ao investigador afastados para a viagem, a SSP autorizou os afastamentos remunerados dos policiais para participarem dos eventos Blackhat e Defcon 32, considerados importantes encontros mundiais de cibersegurança, sem custos para o Estado. A defesa dos policiais envolvidos no caso não foi localizada até o momento.

A rede da fintech gerida pelo policial civil investigado teria movimentado os R$ 6 bilhões em ao menos 16 países, incluindo o Brasil. A promotoria destacou a complexidade das transações, destacando a dificuldade de rastreamento em países como a China.

A ascensão do PCC tem preocupado as autoridades, com a constatação de infiltrados ligados à organização criminosa em estruturas governamentais, incluindo forças policiais. A atuação conjunta do crime organizado com agentes corruptos do estado tem facilitado as ações do PCC, envolvendo crimes como lavagem de dinheiro e assassinatos.

Como mostrado anteriormente pelo Metrópoles, há presos policiais civis e militares suspeitos de envolvimento com o PCC, incluindo a lavagem de dinheiro e participação em assassinatos. A situação revela a gravidade da relação entre agentes públicos e o crime organizado, exigindo ações enérgicas por parte das autoridades para combater essa problemática em DE.

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