Furto, erros e golpes: denúncias de pacientes em serviço de home care no DF

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Pacientes denunciam erros, furto e golpe em serviço de home care no Distrito Federal

Segundo as famílias, problemas começaram após troca da empresa particular
contratada pela Secretaria de Saúde para o atendimento domiciliar

Famílias de pacientes com quadros delicados de saúde denunciam falhas no serviço de home care da rede pública de saúde do Distrito Federal. As denúncias incluem erros no tratamento, falta de materiais e até mesmo furtos e golpes. Em alguns casos, os acamados atendidos ficaram doentes e precisaram ser levados para o hospital.

Maria Selda, 64 anos, tem diagnóstico de esquizofrenia e insuficiência respiratória pulmonar, e é atendida pelo atendimento domiciliar público desde 2023. Segundo a filha da paciente, Ana Caroline de Souza, 23, o serviço começou a apresentar falhas em 2025, após a troca da empresa particular contratada pelo Distrito Federal para o home care.

Segundo a família, um suposto erro no atendimento de home care quase matou Esthefanny Keteleynn. Maria Selda contraiu uma infecção após uma suposta falha no home care. Parentes denunciaram que uma profissional de saúde responsável por José Ramos teria furtado e aplicado um golpe.

“Começaram a atender minha mãe com material incompleto, sonda de aspirar com o tamanho incorreto, sem curativos e técnico de enfermagem fixo. Antes, minha mãe tinha quatro fixos que sabiam a rotina dela. Minha mãe acabou pegando uma infecção bacteriana. Hoje o serviço está nota zero. Está horrível”, denunciou Ana Caroline.

Segundo Ana, os técnicos de enfermagem contratados estariam sendo obrigados a cobrir escalas de plantão 36 horas, 48 horas, muito além do padrão. “Chegam exaustos, cansados, sem ter a chance de descansar e tomar banho antes de começar a trabalhar”, completou.

A dona de casa Ana Cleia Sousa, 48, depende do home care para cuidar do esposo, José Ramos Rodrigues Rosa, 72. Diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA), o paciente precisa ser assistido 24 horas por profissionais capacitados. Segundo a família, os problemas também começaram com a troca da empresa.

“A Secretaria de Saúde alegou que está ciente de todas as alegações sobre o Serviço de Atenção Domiciliar de Alta Complexidade e garantiu que as empresas contratadas estão sendo fiscalizadas para assegurar a integridade no atendimento aos pacientes. Conforme preconizado nos contratos, reivindicamos às empresas a capacitação dos profissionais e a disponibilização dos materiais necessários, de acordo com o quadro clínico de cada paciente, para promover uma assistência de qualidade a todos os pacientes ativos e os admitidos no programa”, ressaltou.

De acordo com a pasta, com o encerramento do Contrato 130/2018 em novembro de 2024, houve um novo processo de contratação. Duas novas empresas foram habilitadas e, por isso, houve a troca dos prestadores. No entanto, o processo de transição ainda está em andamento. Atualmente, a rede pública atende 96 pacientes em home care e 16 em processo de desospitalização. Conforme previsão em edital, o valor mensal do novo contrato, considerando as 200 vagas ocupadas, é de R$ 6.386.222,425.

O Metrópoles tentou contato com a empresa contratada para atender as famílias citadas na reportagem, mas não conseguiu localizar nenhum responsável. O espaço segue aberto para eventuais manifestações. Quer ficar ligado em tudo o que rola no Distrito Federal? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram. Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias no Telegram. Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre o Distrito Federal por meio do WhatsApp do Metrópoles DF: (61) 9119-8884.

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