Omissão de notas fiscais e máquinas de cartão em nome de terceiros: saiba como
rede de restaurantes de alto padrão teria sonegado R$ 3 milhões em impostos
Segundo a polícia, teria omitido a emissão de notas fiscais, fazendo ‘caixa
dois’. Empresa reforça que não há condenação ou decisão judicial contra
investigados.
1 de 1 Operação Halal: PCGO e Fisco estadual cumprem buscas contra esquema de
sonegação fiscal em rede de restaurantes de Goiânia — Foto: Divulgação/Polícia
Civil
Operação Halal: PCGO e Fisco estadual cumprem buscas contra esquema de sonegação fiscal em rede de restaurantes de Goiânia — Foto: Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil investiga uma rede de restaurantes de alto padrão que é suspeita
de sonegar cerca de R$ 3 milhões em impostos. Segundo a investigação, o grupo
formado por restaurantes, um salão de eventos e um empório teria omitido a
emissão de notas fiscais, fazendo “caixa dois” (saiba mais abaixo).
Pelas redes sociais, a empresa investigada afirmou que não há condenação ou
decisão judicial contra o grupo e que a apuração segue em andamento pelas
autoridades. Afirmou ainda que continua operando normalmente (leia a nota na
íntegra ao final do texto).
A Operação Halal foi deflagrada na terça-feira (25) pela Delegacia Estadual de
Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT) e pela Gerência de
Inteligência Fiscal da Secretaria da Economia. Ao todo, foram cumpridos seis
mandados de busca e apreensão em quatro estabelecimentos em Goiânia
COMO OCORRIAM OS CRIMES?
Segundo a Polícia Civil, além de omitir notas fiscais fazendo “caixa dois”, o
grupo formado por restaurantes, um salão de eventos e um empório usava
maquininhas de cartão registradas em nome de terceiros para ocultar o
faturamento real.
A Secretaria da Economia explicou que o objetivo da fraude era manter as
empresas no Simples Nacional para pagar uma alíquota reduzida de ICMS. A Polícia
Civil destacou que, além da não emissão de notas fiscais, o grupo omitia
informações para reduzir o valor dos tributos devidos.
Os documentos e equipamentos apreendidos serão analisados para determinar o real
faturamento das empresas e o valor exato do ICMS sonegado. Caso as
irregularidades sejam confirmadas, as empresas poderão ser autuadas para
ressarcimento dos cofres públicos, e os responsáveis poderão responder por
crimes tributários.
O nome da operação, Halal, faz referência a um termo árabe que significa
“lícito” ou “permitido”, utilizado para designar alimentos e produtos que seguem
normas específicas da religião islâmica.
NOTA DA REDE DE RESTAURANTES:
Diante das informações que circulam nas redes sociais, viemos esclarecer que o
restaurante, com 61 anos de história em Goiânia, reitera seu compromisso com a
transparência, ética e respeito às normas fiscais e legais.
Esclarecemos que não há qualquer condenação ou decisão judicial contra o
restaurante. A investigação mencionada refere-se a questões em análise pelas
autoridades competentes, e estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos
necessários.
Ao longo de seis décadas, construímos uma trajetória baseada em qualidade,
tradição e respeito aos nossos clientes e colaboradores.
Seguimos operando normalmente, com o mesmo carinho e dedicação que sempre nos
definiram.
Agradecemos a todos pelo apoio e reforçamos que qualquer informação oficial
sobre o restaurante será divulgada exclusivamente em nossos canais oficiais.